[Resenha] Para Sempre, de Kim e Krickitt Carpenter

     Alô, amigos Inspirados!

     Acabei de ler um dos livros mais extraordinários do ano. Não. Ele não tem uma narração mágica e sedutora, não tem cenários fantásticos nem uma trama complexa e intrincada. O livro Para Sempre tem uma coisa simples, porém determinante: contém verdade.
     Para Sempre conta a história verídica de Kim e Krickitt Carpenter, uma narração intensa sobre a vida atribulada de um casal que não esperava nenhuma tragédia. Pelo menos não até o dia do acidente.

http://lh3.ggpht.com/-jppwc14S0Gg/T0J7NUkrYiI/AAAAAAAAGCk/LXFrqARmaAk/para%252520sempre%25255B7%25255D.jpg Título: Para Sempre
Autores: Kim e Krickitt Carpenter
Editora: Novo Conceito
Páginas: 144

     Kim Carpenter era um treinador do time de beisebol da faculdade, em Las Vegas (não aquela luminosa de Nevada, mas a do Novo México). Tudo o que queria era encomendar algumas jaquetas para os jogadores, escolher cores do uniforme e tudo mais.
     Mas não foi simples assim.
     A voz, do outro lado da linha, o encantou. Krickitt, a atendente, passou de uma funcionária ao motivo das constantes ligações de Kim. Sempre com uma ou outra desculpa. Cores, amigos que queriam encomendar jaquetas... Entre tantas conversas, surgiu a oportunidade de um encontro.
     Após trocas de cartas e fotos, encontraram-se pela primeira vez. Em poucos meses, estavam casados. Uma história que provavelmente aconteceria em alguma novela. Mas essa foi real, tanto quanto qualquer coisa que nos acontece dia após dia.

     O final feliz? Ele estava bem longe, bem depois de um acidente, lapsos de memória e um recomeço.
     Aconteceu durante uma viagem, quando o carro ocupado pelo casal sofrera um grave acidente, ao ser arremessado a metros de distância por um caminhão. Kim ficou aos frangalhos, com costelas nariz e orelha quebrados. Krickitt, por outro lado, estava ainda pior. Um grande dano cerebral mudou a vida desse casal para sempre.
     Krickitt foi para o hospital, em coma. Os médicos não tinham grandes expectativas, e tudo o que Kim pensava é que sua vida estaria acabada sem sua esposa. Mas o pior (supostamente, pelo menos) passou. Ao acordar, os médicos percebrem que a paciente estava sofrendo de amnésia. Todos os acontecimentos dos últimos meses foram apagados da mente de Krickitt, inclusive o casamento, a festa... E seu noivo. Kim fora varrido das lembranças de Krickitt. Nesse momento, eles foram colocados à prova.

     Para Sempre é uma receita capaz de envolver os leitores: fé, família e amor incondicional estão nessa composição. Kim, ao perceber que sua única esperança era reconquistar sua esposa, mesmo sofrendo distratos de uma mulher que não aceitava um "estranho" como marido, deixa tudo de lado, e prioriza seu relacionamento, arriscando até mesmo sua carreira para salvar seu casamento. Uma lição de vida para os casais de hoje, que por muito pouco assinam seus contratos de divórcio.

     A narrativa de Para Sempre não é sofisticada, tem uma elaboração bem simples e, em alguns momentos, chega a ser detalhista demais. Mas isso torna a obra ainda mais atraente, pois se trata de uma narração real, em que o próprio Kim nos conta sua história e a de sua mulher, e como venceram os obstáculos.
     A diagramação feita pela Novo Conceito foi, como sempre, impecável. Sem erros de impressão e preocupada em levar aos leitores um material de qualidade.
     A história poderia ter sido melhor desenvolvida. Justamente por ser baseada em fatos reais, Kim poderia ter abordado alguns detalhes mais íntimos do casal, mostrado ao leitor um pouco mais da aproximação do casal antes do acidente. Mas isso, de forma alguma, é motivo para deixar de ler Para Sempre.
     O livro, em sua totalidade, é incrível, mas incrível mesmo! Recomendo a todos, uma leitura como essa não deve ser ignorada. Precisamos, nos dias de hoje, saber que histórias de amor verdadeiro existem, de fato. Kim e Krickitt nos ensiam que romances não estão apenas nos livros.

     Boa leitura, amigos! Fiquem na Paz!


 

[Resenha] - O Nome do Vento, de Patrick Rothfuss

     Acomode-se, caro amigo! Encontre um bom lugar nessa taberna modesta - porém limpa - encha seu copo com um adocicado hidromel, ou quem sabe um licor de amora, deixe as donzelas de lado por um momento - ainda que seja difícil realizar tal feito - e prenda sua atenção em nossa única atração: o vento.
     Faça bons amigos, ouça a música, deixe que o dedilhar do alaúde te guie por essa aventura. Conheça Kvothe, o filho de uma trupe, mágico, sábio e tolo ruivo que aprendeu de formas interessantes o valor que se pode ter um amigo, um inimigo... E uma linda garota cuja beleza é tão perigosa quanto o canto de uma sereia.


http://www.editoraarqueiro.com.br/upload/livros/Nome_do_vento_SITE.jpg
Título: O Nome do Vento
Autor: Patrick Rothfuss
Editora: Arqueiro
 
Sinopse: Ninguém sabe ao certo quem é o herói ou o vilão desse fascinante universo criado por Patrick Rothfuss. Na realidade, essas duas figuras se concentram em Kote, um homem enigmático que se esconde sob a identidade de proprietário da hospedaria Marco do Percurso.
Da infância numa trupe de artistas itinerantes, passando pelos anos vividos numa cidade hostil e pelo esforço para ingressar na escola de magia, O nome do vento acompanha a trajetória de Kote e as duas forças que movem sua vida: o desejo de aprender o mistério por trás da arte de nomear as coisas e a necessidade de reunir informações sobre o Chandriano – os lendários demônios que assassinaram sua família no passado.


Resenha, pelo blog Inspirados - este que vos escreve:

     Quando comecei a ler esse livro, descobri que são poucas as histórias de hoje que conseguem me prender dessa forma. Obrigado, editora Arqueiro. O livro é extraordinário!


"Meu nome é Kvothe, com pronúncia à de 'Kuouth'. Os nomes são importantes, porque dizem muito sobre as pessoas. Já tive mais nomes do que alguém tem o direito de possuir."
Capítulo 7, Página 58


     Nomes. Tudo tem um nome e, se chamado da maneira certa, obedecerá à sua voz. Assim começou a aventura de Kvothe, um menino sábio que, um dia, apaixonou-se pela força do vento, e desde então desejou ser um Arcanista.
     Kvothe recebeu, depois de muita insistência, um cronista que viera de longe conhecer o famoso Matador do Rei. Até aquele dia, o jovem ruivo escondia sua identidade sob a forma de Kote, o dono da hospedaria Marco do Percurso e admirador da arte. Ao lado de seu aluno Bast, mantinha segura sua identidade, mas seu passado era conhecido, ao menos em partes, pelo Cronista.
     Kvothe, depois de muito pensar, decidiu contar sua história ao hóspede. Três dias, era tudo o que precisava para narrar sua história. No primeiro dia, O Nome do Vento seria contado.

     O pequeno Kvothe viajava com seus pais e a trupe Edena Ruh, um grupo de artistas, músicos, malabaristas - uma espécie de circo itinerante financiados por um respitado mecenas, Lorde Greyfalla. O menino curioso de cabelos ruivos aprendeu cedo a tocar um alaúde, era inteligente e conhecia inúmeras peças teatrais. Era uma pérola, uma raridade sob a forma de uma criança de onze anos.
     Em uma de suas jornadas ao lado da trupe, ele conheceu Abenthy, um arcanista conhecedor de muitas ciências e admirador da arte. Ben, como era chamado, tornou-se rapidamente amigo de Kvothe e, com isso, passou a viajar ao lado da trupe, arranjando os efeitos visuais através de suas habilidades em química. O químico contou ao menino sobre a Universidade Arcanum, ensinou-o sobre os elementos minerais, o Alar, simpatias e outros talentos que envolviam magia. Ben enxergava no garotinho viajante uma mente rara e brilhante, capaz de aprender tudo em uma velocidade assustadora. Assim Kvothe tornou-se aprendiz do arcanista.
     Mas as amizades numa trupe podem durar pouco. Ben, certo dia, precisou abandonar o grupo, mas conversou com os pais de Kvothe antes, na tentativa de convencê-los a levar o menino à universidade. Após a despedida, a trupe seguiu sua direção. O menino ruivo sentiria saudades, mas sua dor estava longe de acabar.
     Em uma das paradas, o acampamento da trupe fora atacado por um grupo perigoso, o Chandriano. Para muitos, era apenas uma lenda. Mas Kvothe, naquela noite, descobriu ser verdade, um pesadelo tão vivo quanto ele próprio. O fogo azul, a madeira podre, mortes, tudo era sinal de que o Chandriano estava por perto, aparição essa que o separou de sua gente, sua família. Esse encontro causaria no jovem Edena Ruh um desejo de vingança que o acompanharia como sua própria sombra.

      Kvothe, após seu encontro com Os Sete (ou Chandriano), passou dia após dia em grande dor, sofrendo o abandono, a violência de uma sociedade que não era capaz de enxergar no menino nada além de roupas esfarrapadas e cabelos sujos demais. O menino cresceu em uma grande cidade turbulenta, Tarbean, e fez amigos e inimigos, aprendeu a roubar, mentir, a se defender. Mas sua mente nunca deixara de lado a ideia de ser um arcanista, como seu tutor Abenthy.
     Seus esforços o levaram à Universidade Arcanum. Lidando com a pobreza de forma bastante criativa, Kvothe conheceu bons amigos, ganhou a simpatia de muitos, mas comprou briga com Ambrose, um aluno rico e perigoso, além de despertar o ódio em um dos professores.
     Não apenas isso. Anos depois reencontrou uma garota que conhecera em uma de suas viagens anteriores. A menina despertou no garoto um amor secreto, tênue porém duradouro. Logo, ela ocuparia a mente do jovem ruivo, e isso poderia ser o suficiente para lhe trazer um bocado de problemas.
      Na busca pelo conhecimento e vingança, Kvothe vai desbravar um mundo completamente novo, mas que se mostra cada vez mais receptivo à mente brilhante de um Edena Ruh com inclinações para  magia.
   

     "- Deixe-me dizer uma coisa antes de começar. Já contei histórias no passado, pintei quadros com palavras, contei mentiras terríveis e verdades ainda piores. Certa vez toquei as cores para um cego. Passei sete horas tocando, mas, no fim, ele disse que conseguia vê-las: o verde, o vermelho e o dourado. Acho que aquilo foi mais fácil do que isto. Tentar fazer com que vocês entendam, sem nada além de palavras. Vocês nunca a viram, nunca ouviram sua voz. Não têm como saber."
Capítulo 48, Página 313


     Assim Kvothe descreve sua amada, e assim descrevo o que senti por essa história. Um universo fantasioso capaz de te desagradar, provocar e encantar. E, em inúmeras vezes, você se vê rindo e chorando ao lado de Kvothe, torcendo por ele, e contra todos os seus inimigos.
     A narração é rica, com detalhes necessários no momento certo. Existe uma alternação em alguns momentos. Predominantemente, a história é escrita em primeira pessoa, narrada pelo próprio Kvothe. Em outros momentos, é escrita em terceira pessoa, o que dá um ar original e permite ao leitor assumir várias posições ao acompanhar as aventuras do Matador do Rei. A diagramação do livro é excelente e, embora tenha um ou outro erro de impressão, isso não é o suficiente para apagar a marca que Patrick Rothfuss irá deixar em você depois de ler.
     O Nome do Vento não precisa de mim para dizer que a história é excelente. Com uma narração fluida e envolvente, personagens humanos e capazes de despertar tudo em nós, da simpatia à aversão; do amor ao ódio. Rothfuss é, oficialmente, um dos melhores escritores que já li até hoje e, com certeza, a Crônica do Matador do Rei é extraordinária, nos levando ao sentimento provocado pela música, aos vilarejos atrasados e supersticiosos e, até mesmo, aos dragões vegetarianos.
     Se, em algum momento, você pensar que a história está se tornando cansativa, não se engane. Kvothe tem esse jeito de entediar o leitor quando ele mesmo está entediado. Mas suas aventuras seriam capazes de te manter acordado uma madrugada inteira, só pra saber se seu grando amor, afinal, será sua prometida ao fim do primeiro dia.

     Nada como uma boa leitura, fantástica e irreverente. Dramática e engraçada de ponta a ponta! Leiam, apreciem cada capítulo. Meu único arrependimento é de não ter lido esse livro antes xD
     Ótima leitura, pessoal! Fiquem na Paz!

Resultado da promoção - Um Mundo Brilhante

Alô, amigos Inspirados!

     Chegou ao fim a promoção Um Mundo Brilhante! 



     É com grande prazer que eu anuncio a encedora!
Clique na imagem para visualizar o vencedor
   


O sorteio, como disse antes, foi realizado pelo sorteie.me. Parabéns à vencedora. 
A @Kiii_nhaaa tem até três dias (até o dia 28 de fevereiro) para enviar nome completo e endereço para o e-mail: inspirados-oandarilhodotempo@hotmail.com

     Mas não desanimem não, pessoal! Teremos outras promoções aqui no blog, então fiquem ligados!

Um grande abraço a todos! Fiquem na Paz!

A Guerra das Salamandras #Resenha


  O livro rebusca um espaço de tempo dentro do século XX, a descoberta e capitalização de uma salamandra inteligente, superdotada e extremamente dócil muda de vez à vida do Capitão Van Toch. Afinal, elas podem criar ilhas, diques, continentes, pedindo em troca míseros produtos bélicos, como por exemplo, a pistola submarina shark-gun. E, além disso, ainda oferecem pérolas como gestos de agradecimento. Mas, Van Toch se apega as criaturas e não permite que nenhum ser se aproveite dele.
  Mas, como tudo que é bom dura pouco e críticas explodiriam se o livro acabasse aí, nosso querido capitão Van Toch morre. E aí que começa o verdadeiro clímax, salamandras são vendidas e feitas de escravas, os mares começam a tomar formas hediondamente humanas. E estava proposto o caos.
                     
Até quando o homem se tornará o seu próprio demônio? Porque colocar a moral acima do instinto? Ao redor dos séculos, o homem por mais que se esforce para criar uma verdadeira humanidade, talvez o único esforço que valeu realmente a pena, nunca consegue.
  Imagine diversas pessoas de status, cor e credo diferentes confinadas em um espaço, e como conseqüência imagine também a “desgraçada infelicidade” que aconteceria. (Nenhuma semelhança com um péssimo programa de uma péssima emissora, não?).

 Uma eterna crítica a todas as diferenças dos homens, capitalismo, socialismo, fascismo, credos, uma verdadeira paródia da história humana.

 Com uma narrativa extremamente pontilhista, e nunca cansativa, Kapek vai nos guiando pelo complexo mundo capitalista e pré-apocalíptico que se tornaram nossas nações. Embora o nome do livro seja A Guerra das Salamandras, podemos ver, ao decorrer do livro, que elas são os seres inocentes, e mais uma vez os humanos pegaram o papel de vilão. Aplausos ao clichê que sempre funciona.

 Mas sem dúvida, o que mais me impressionou nesse livro, foram às propostas do autor. Ele propõe que todos os humanos se virassem para a lei do mais forte, e criassem uma Terceira Guerra Mundial, e o pior é que no final do livro você acaba concordando.

 Enfim, esta é uma obra maravilhosa, repleta de uma fantasia com grandes pitadas de realidade, uma paródia fantástica sobre a ignorância e autoritarismo com a natureza do homem. Uma leitura obrigatória para todo adorador de filosofia. Tenho que me segurar para não falar demais e acabar com as surpresas que o livro nos trás a todo capítulo.

 O autor, Karel Capek, foi o criador da palavra robô, que deriva da palavra eslava robota que significa trabalho forçado. Além disso já escreveu diversos livros e entre eles está um dos melhores de toda a humanidade (pelo menos para mim), A Guerra das Salamandras.


Lançamento - Editora Novo Conceito

Alô, amigos leitores!

     A Editora Novo Conceito acordou em  2012 e falou assim "É, já que é fim do mundo, vamos encher a prateleira dessa galera com coisa boa". Ainda estamos em fevereiro, e els já estão com SEIS incríveis lançamentos!
     Os quatro lançamentos anteriores vocês já devem estar por dentro. Se não, basta clicar AQUI para conhecer os lançamentos anteriores. Mas eu tô aqui mesmo porque fiquei extremamente curioso quando vi os novos lançamentos da editora. Um deles é... Bem, é melhor ver com seus próprios olhos, pra não estragar o clima^^
 

Cruzando o Caminho do Sol

Cruzando o Caminho do SolAutor: Corban Addison
| FICÇÃO | ROMANCE
SBN: 9788581630090
Selo: NOVO CONCEITO
Ano: 2012
Edição: 1
Número de páginas: 448
Formato/Acabamento: 16x23x3,1



Sita e Ahalya são duas adolescentes de classe média alta que vivem tranquilamente junto de seus familiares, na Índia. Suas vidas tranquilas mudam completamente quando um tsunami destrói a costa leste de seu país, levando com suas ondas a vida dos pais e da avó das meninas. Sozinhas, elas tentam encontrar um modo de recomeçar a vida. Mas elas não devem confiar em qualquer um...

Enquanto isso, do outro lado do mundo, em Washington, D. C., o advogado Thomas Clarke enfrenta uma crise em sua vida pessoal e profissional e decide mudar radicalmente: viaja à Índia para trabalhar em uma ONG que denuncia o tráfico de pessoas e tenta reatar com sua esposa, que o abandonou.

Suas vidas se cruzarão em um cenário exótico, envolto por uma terrível rede internacional de criminosos.

Abrangendo três continentes e duas culturas, Cruzando o Caminho do Sol nos leva a uma inesquecível jornada pelo submundo da escravidão moderna e para dentro dos cantos mais escuros e fortes do coração humano.


     A arte da capa é bastante sugestiva, a temática é envolvente e a trama, por si só, é o suficiente para chamar a atenção de qualquer leitor (ou, pelo menos, dos adeptos ao gênero).
     Fiquem ligados para mais notícias de lançamentos. Se ainda não conseguiu aplacar a sede por livros, acesse o site da Novo Conceito clicando AQUI e conheça todos os livros publicados, desde os lançamentos até... Até onde a vista alcançar! xD

     Boa leitura! Fiquem na Paz!


Polêmicas Literárias - Triângulos Amorosos 'Com Kate Willians'

O negócio é o seguinte, boa noite galera! Óia não vou fazer muita prosa, como alguns devem saber - me sentindo a popular - eu sou a Kate e a partir de hoje vou trazer colunas para vocês tendo como tema as principais polêmicas da literatura atual... Eu tenho um forte por triângulos amorosos e acho que justamente por isso escolhi esse como sendo o titulo de abertura, espero que gostem, porque sacomé né, colunista de primeira viagem e tudo o mais...
Beijão!






Polêmicas literárias: Triângulos amorosos


É incrível como todos os bons – e até mesmo os nem tão bons assim – autores insistem em inserir dois ótimos partidos para uma só heroína em sua história, dois concorrentes que na maioria das vezes consistem em um mocinho e um vilão; Um Stefan e um Damon, um Ren e um Kishan, um Edward e um Jacob, um Tom e um Jerry... Em alguns casos é claro, essa técnica dá mais do que certo e isto é notável se levando em consideração os ‘Best Sellers’ mundiais, mas o que fazer quando essa atitude dos autores, esse chamado clichê atualmente, se torna ‘mesquinho’ demais?

Também sou autora e é exatamente por isso que resolvi iniciar como colunista no ‘Inspirados’ levantando esse tema, porque será que nós – autores – estamos acertando? Será que não estamos forçando muito a barra? É sobre isso que irei falar hoje.

Quando falamos em ‘Triângulos amorosos’ logo nos vem esta imagem na cabeça: Dois concorrentes maravilhosos, cada qual com suas qualidades, seus defeitos... Dois rivais que parecem perdidamente apaixonados pela principal, uma garota que às vezes até mesmo não nos parece assim tão merecedora de toda essa atenção. Mas e ai? Será que realmente vale à pena continuar a leitura quando percebemos que esse triangulo está mais do que ‘obvio’? Quando temos certa certeza de que a personagem irá ficar com o fulano A e não com o B? Porque se bem me lembro, a função do Triangulo é exatamente deixar os leitores confusos, divididos, fazer com que essa galera se divida entre ‘Team A’ e ‘Team B’ e que acompanhe a história torcendo pelo pretendente que a seu ver, merece ficar com a heroína. A função do Triangulo é deixar o suspense no ar, a dúvida sobre o vencedor para que no fim possamos – ou não – nos surpreender.
E então, o que vocês acham sobre os temidos – e adorados – Triângulos amorosos?






Kate Willians
KATE_WILLIANS Uma blogueira aquariana que ama escrever e ler de tudo, adora The Vampire Diaries e é mais desastrada que um pato. Sonha em ser jornalista e está tentando publicar seu primeiro livro.

[Resenha] - O Médico e o Monstro

Oi, leitores...

     Estamos aqui mais uma vez... Nesse silêncio sepulcral... Nesse mausoléu com cheiro de morte e repleto de sombras vivas... Estamos aqui para falar sobre uma história que poderia deixar o homem mais corajoso a pensar, com suas calças urinadas em um canto da sala... Sim, leitores... Uma história de terror...

     Ok, não é tão terror assim. Não chega a ser um "'bú', pronto, perdi meus culhões", nada disso. Mas, sim, a atmosfera desse livro é capaz de provocar um arrepio e certa hesitação quanto à criatura que mais mete medo: o próprio homem.
     Vamos entender isso melhor.




Título: O Médico e o Monstro
Autor: Robert Louis Stevenson
Editora: Martin Claret


~~***~~

Apresentação pelo Blog Inspirados: 

     Imagine um homem íntegro, cheio de boa intenções e cercado de bons e sinceros amigos. Imagine agora outro homem, vil, cruel, vivendo à flor da pele os seus instintos mais cruéis e pecaminosos. E se alguém te contasse que ambos são a mesma pessoa? Você acreditaria? Acharia possível?

     A extraordinária história do famoso personagem Dr. Jekyll toma forma nessa edição incrível da Martin Claret. A coletânea conta com 3 histórias, os clássicos do terror. Mas hoje vamos falar sobre O Médico e o Monstro, e como a natureza humana pode se mostrar mais terrível do que sequer podemos imaginar.

~~***~~

Resenha: Utterson era um sujeito tranquilo, de respeito, além de um competente advogado. Sua integridade era notória e seus hábitos, louváveis. Mas era, como qualquer um, movido por curiosidades. E uma das que mais lhe incomodava era o testamento de seu cliente e amigo, Dr. Henry Jekyll.
     Havia um tal Sr. Hyde na vida do médico, um sujeito que, estranhamente, era herdeiro de Jekyll, ainda que não tivessem nenhum parentesco, ainda que Utterson jamais tivesse visto o amigo acompanhado desse tal Hyde. E o advogado ouvira bastante sobre esse misterioso homem.


"Não era bem um homem: parecia uma encarnação de algum demônio terrível."
Capítulo 1, página 175


     Os relatos das atrocidades provocadas pelo Sr. Hyde parecia aumentar. A princípio, uma crueldade "leve", a ponto de escandalizar um grupo de pessoas, mas não o suficiente para torná-lo perigoso aos olhos da cidade. No entanto, suas atitudes tornavam-se cada vez mais sádicas, como se um monstro sem moral e limite aflorasse noite após noite, provocando dor e crime sem nenhum resquício de remorso na manhã seguinte.
     Utterson ficava cada vez mais curioso a respeito dessa estranha relação entre o médico e um desconhecido com má fama. Havia algo naquela história que o incomodava e, seguindo seus instintos, decidiu que era hora de descobrir. E era nas respostas que o terror se abrigava, longe da luz e de qualquer bondade que o coração humano pudesse sentir.
   
     Dr. Jekyll era, na verdade, o próprio Dr. Hyde. A história em si é famosa, quando as pessoas usam a expressão "médico e monstro" ao se referir a alguém de personalidade dupla, uma boazinha e outra horrenda. Hyde era o monstro.
     Utterson, no entanto, precisava chegar a essa informação por conta própria e, ao receber Poole, o criado do seu amigo, pôde perceber que a situação estava cada vez pior. Ao que parecia, ninguém na casa de Jekyll queria aproximar-se do patrão.


     "- Agora caminhe o mais silenciosamente possível - disse Poole - é necessário que o senhor ouça sem, contudo, ser pressentido. E, se ele o convidar a entrar, não o faça, em absoluto."
Capítulo 8, Página 197


     Utterson, depois de muita dificuldade, obteve documentos que resolveriam todo o mistério.
     Dr. Hery Jekyll desenvolvera uma droga capaz de transformar um homem, literalmente. Não apenas sua personalidade, como seu próprio corpo sofria drásticas mudanças. A transformação era dolorosa, mas ao fim dela, a sensação era libertadora. A nova personalidade era desprovida de moral, de senso ou limite. Era capaz de fazer tudo o que queria, até mesmo sentir prazer em causar sofrimento.
     A princípio, segundo o diário de Jekyll, o experimento era maravilhoso. Durante a noite, transformava-se em Hyde e vivia uma vida sem barreiras ou peso de consciência. Era apenas ele e suas vontades. Mas o controle de uso da droga fora negligenciado. Logo, Hyde tornou-se a mente dominante e, para manter viva a aparência e sanidade de Jekyll, era preciso tomar os remédios. O médico fora substituído pelo monstro e, para mantê-lo latente, a droga era, agora, uma necessidade.
     O fim, como toda história de terror, não tem um final feliz, mas é de longe um fim trágico. Acho que podemos dizer que a história termina com um grande nevoeiro e sombras ao pé da escada, e ninguém nunca saberá o que há por trás disso.

     A história é incrível! Stevenson cria uma atmosfera brilhante e atemorizante. O medo provocado por esse livro não é do tipo "hey, vou olhar embaixo da cama antes de dormir". O medo real existe em Hyde. Literalmente, sentimos medo do monstro, quando ele pisoteia uma garotinha sem nenhum remorso ou mata um senhor a pauladas, sem nem hesitar ou lamentar.
     A história me ganhou fácil. A narração é densa, não tão simples, mas seu ritmo é típico de histórias de terror classudas. Não espere sentir o medo sobrenatural, e sim o pavor do próprio homem e, talvez, medo de si mesmo, por não saber até onde você seria capaz de chegar se não fosse sua índole para limitar suas ações.
 
     Espero que tenham gostado e, cá entre nós, não percam a chance de ler esse livro. Brilhante, original e reflexivo. Se gostaram da resenha, garanto que o livro é imensamente melhor. Super indicado!

É isso aí, galera! Fiquem na Paz!
Grande Abraço xD

  
 
Base feita por Adália Sá | Editado por Luara Cardoso | Não retire os créditos