Resultado das Promoções!






Alô, amigos leitores!
Eu sei que frequência aqui no blog não tem sido minha prioridades nos últimos dias, mas estou tentando conciliar tempo com a faculdade e, acreditem, isso é bem mais difícil do que pensam. Mas eu não estou aqui pra isso não! Eu quero anunciar os vencedores das promoções aqui no blog! Como eu sei que os participantes devem estar bastante curiosos, vou deixar de enrolação, ok?

Promoção Para Sempre Leitor!





Parabéns, Sabrina Sousa! Você vai receber o livro Para Sempre! Ao receber o nosso e-mail entrando em contato, você terá 3 dias para responder. Se não houver retorno até lá, haverá outro sorteio.

Promoção Presentes da Vida!


 
 

Parabéns, Ana Paula! Você vai receber o livro Presentes da Vida! Ao receber o nosso e-mail entrando em contato, você terá 3 dias para responder. Se não houver retorno até lá, haverá outro sorteio.


É isso aí, pessoal! Demorei, mas postei ^^
Logo logo tem mais promo aqui no blog, fiquem espertos xD
Abraço a todos, fiquem na Paz!



Um Pouquinho de Humor

 Todos sabemos que o poema é sem dúvida a expressão artística e amorosa mais bonita, afinal, quem não entende milhares de palavras não ditas, mas conservadas em um simples "Te amo."


 Porém, o que poucos sabem é que a genialidade desse gênero poético não é totalmente usada só em romances belos e floridos, ou em romances proibidos e fadados ao fracasso. Ou nos conhecidos épicos onde bravos guerreiros empunham sua espada para derramar o sangue daqueles que invadem sua terra...


 Não... A poesia ou o poema podem ser usados para outros afim, até mesmo para o humor, sim, o humor mesmo.


 Depois de muita enrolação, vamos finalmente chegar a parte mais legal. \o\
 Aqui apresento-vos um poema que desmoraliza totalmente o alvo... 


Love may be beautiful, love may be bliss
but I only slept with you, because I was pissed 

I thought that I could love no other
Until, that is, I met your brother 

Roses are red, violets are blue,
Sugar is sweet, and so are you.
But the roses are wilting, the violets are dead,
The sugar bowl's empty and so is your head. 

Of loving beauty you float with grace
If only you could hide your face 

Kind, intelligent, loving and hot
This describes everything you are not 

I want to feel your sweet embrace
But don't take that paper bag off of your face 

My darling, my lover, my beautiful wife:
Marrying you screwed up my life 

I see your face when I am dreaming
That's why I always wake up screaming 

My love you take my breath away
What have you stepped in to smell this way 

My feelings for you no words can tell
Except for maybe "go to hell" 

E, para os que, como eu, não são afeitos à língua de Shakespeare, preparei a versão brasileira com algumas adaptações, numa modesta tentativa de não perder a rima.


O amor é o que há de mais belo
É algo sagrado e profundo
Mas só quis dormir com você
Porque eu tava de mal com o mundo 

Pra sempre achei que te amaria
Ontem, hoje e amanhã
E com essa certeza seguia
Até que encontrei sua irmã 

As rosas são tão belas
As violetas nem tanto
O açúcar é muito doce
E você é um encanto

A rosa já se abriu
As violetas, esqueça
O açucareiro, vazio
Tal como sua cabeça 

O seu charme me sujeita
À sua beleza rara
Mas só ficaria perfeita
Se escondesse sua cara 

Toda a beleza dum vale
Num doce de mulher
Isso descreve em detalhe
Tudo que você não é 

Com um abraço me enlouqueça
Em me leve até o céu
Mas não tire da cabeça
Este saco de papel 

Achei plenas paixão e amizade
em você, ó esposa querida
Mas há uma triste verdade
Casar com você ferrou minha vida 

É sempre seu rosto que vejo
À noite quando estou sonhando
E já sei que é por esse motivo
Que acordo sempre gritando 

Você me deixa sem ar
Quando vem bela e faceira
Mas no que será que pisou
Pra feder dessa maneira? 

O que sinto por você
Me é algo muito interno
E só posso lhe dizer
Quero que vá pro inferno





Infelizmente não sei os créditos dessa tradução, mas mesmo assim peço que, se leu até aqui, comente. Assim  nos prestigia e ao tradutor do poema também. :)



Lançamento - Novo Conceito

    Olá, amigos leitores!

     Como dizem por aí, quem é vivo sempre aparece, certo? Claro que, depois de tanto tempo atarefado com as novidades da faculdade, eu precisava de um tempo para me dedicar ao que importa por aqui: livros!
     E, aproveitando a minha condição - sim, amigos, eu estou em pedaços depois de um mês de estudos ininterrúptos - estou aqui para dar uma dica para os leitores.
     Essa semana chegou pra mim o livro da Editora Novo Conceito! O tão esperado Estilhaça-me já está em minhas mãos, com uma capa incrível, o livro veio acompanhado por um kit fantástico! Não me surpreende que a NC esteja lançando livros cada vez mais cobiçados.
     Vamos ao que interessa? xD

 

Editora Novo Conceito
 ~~***~~

Título: Estilhaça-me
Autora: Tahereh Mafi
Editora: Novo Conceito
Ano: 2012

~~***~~
Editora Novo Conceito    




 
     A história é descrita com a palavra "surreal", e pelo que li até agora, não poderia escolher melhor. A história é narrada por Juliette, uma garota com habilidades incomuns e nada amistosas. Bastava um único toque. Apenas isso, e Juliette poderia matar uma pessoa. Entre escolhas, romance e sofrimentos, ela será colocada a prova, e sua maldição seu dom será uma arma para o governo ditador de seu tempo. Ao lado de Adam, Juliette se vê livre da cela e prestes a enfrentar um caminho doloroso.

Confiram o book-trailer da saga:

 

     Estilhaça-me é uma trilogia que, logo de cara, chamou a atenção de muitos leitores. A história abandonou os temas comuns que giravam em torno dos novos lançamentos (zumbis, lobisomens e vampiros) e adotou uma forma mais sinistra e sedutora do sobrenatural, dando forma e sentido a uma história que merece atenção por sua originalidade. O romance está sempre presente, mas elementos surpresas podem chamar sua atenção para essa trama. 
     Aguardem! Em breve promoção e resenha aqui no blog! 

     É isso aí, amigos inspirados! Fiquem de olho para mais novidades da Novo Conceito!
     Fiquem na Paz!

As Lágrimas Que Caem #Poema



O brilho do teu sorriso que me lembro agora
Traz-me a lágrima que cisma em descer
Flor do meu dia, minha linda senhora
Volta pra mim e faz meu coração denovo florescer.

Lágrima rente
Provinda de um  passado doente
De um coração que como papel foi amassado
Pelo amor que por ti não foi amado.

Desperdiçado foi e desperdiçado será
Momentos pensando em ti
Então como sempre fizeste
Esquece do ciclo vicioso do meu estado
Que cisma que por ti nunca foi amado.




Obs: Esse poema foi inspirado no poema Murmúrios Pessoais de Gleice Couto. Leia-o aqui.

Memórias Roubadas

Grace e Kevin estavam na sala de recepção. O crepúsculo tingira o céu completamente, e a maioria das pessoas ali já se sentia exausta. Depois de um dia inteiro no asilo, tudo o que os alunos queriam era um pouco de descanso. “Uma excursão no asilo”, era o que os professores haviam dito. Ninguém acreditara que, de fato, seria uma excursão e, tampouco, que seria divertido.
    Pessoas vestidas de jalecos brancos andavam de um lado para o outro, pessoas idosas enchiam o lugar, umas pareciam lúcidas, outras nem pareciam se dar conta de que estavam vivas. Era um mundo completamente diferente, onde a maioria dos pacientes se sentia esquecido pelo mundo, lembrando-se do dia em que foram dominadores, jovens, capazes de tudo, indiferentes a pessoas que passavam pelas situações que eles passam. Ninguém ali dava a real importância, exceto Grace e Kevin.
O rapaz estava olhando a chuva fustigar a janela, as gotas dançando no vidro em um compasso suave e sem ritmo, enquanto Grace procurava uma boa música em seu IPod, mas sem deixar de notar os movimentos de cada pessoa no saguão. Assim que ela encontrou, relaxou a cabeça sobre a poltrona enquanto apreciava as notas harmônicas de Joe Purdy em “The City”. Kevin folheava uma revista, mas parecia não estar atento a ela. A garota percebeu a distração do amigo, que parecia se transportar para um lugar bem longe dali, e pareceu tentador para ela.
    _ Quer conversar? – perguntou Grace.
    _ Hein...
    _ Você está viajando aí, Kevin. – ela deu uma risada, deixando cair um dos fones.
    _ Ah, nada. Só estou imaginando até quando seus tímpanos vão agüentar essa música em uns dois mil decibéis.
    _ Não é tanto assim.
    Os dois riram, trocando olhares rápidos. Kevin jogou a revista na mesa de centro e ficou observando um senhor de cadeira de rodas ser levado para o fim do corredor por uma enfermeira. Grace notara.
    _ Você queria mesmo estar aqui? – ela perguntou – você poderia ter dito que seus pais não autorizaram.
    _ Por que eu tenho que fugir? – Kevin deu de ombros – eu venho aqui umas duas vezes por semana. Não tem nada de mais.
    O silêncio cobriu a atmosfera mais uma vez, pesando na mente de Grace as palavras que pareciam insistir em saltar pra fora de sua boca.
    _ Eu realmente não sei o que dizer numa hora como essas.
    _ Tudo bem – Kevin respondeu – eu só não quero que mais ninguém saiba. Você sabe, os caras da nossa turma vão zoar, e fazendo piadas...
    _ Você não está com vergonha, está? – Grace ergueu uma sobrancelha, curiosa.
    _ Claro que não. – Kevin fechou a cara, evitando o olhar da amiga – eu não tenho motivos para ter vergonha. Eu só não quero ficar o resto do ano ouvindo piadas sobre o meu avô. Alzheimer é uma doença séria, mas esses caras não se dão..
    _ Tudo bem Kevin. Eu entendi. Relaxa. – Grace se levantou, colocando o IPod no bolso, e sentando-se ao lado do amigo – eu só perguntei... Bem, você sabe, por perguntar. É que as vezes você é ilegível.
    _ Desculpe.
    _ Não se incomode.
    Durante algum tempo os dois ficaram ali, em silêncio, observando o movimento pacato dos idosos, o pequeno grupo de alunos que ainda não tinha fugido para comer pizza no restaurante do outro lado da rua. Eles nem se deram conta que o céu estava completamente escuro, exceto por uma lua brilhante, e pontos dourados e discretos distribuídos timidamente no manto negro.
    _ Minha mãe me conta ótimas histórias sobre ele. – Kevin comentou – ele era um charlatão, sabe? Tinha mulheres aos montes, vivia sem preocupar com nada, nem mesmo com a própria saúde. Viajava umas cinco vezes ao ano e apostava tudo o que conseguia nos cassinos. Teve uma vez que ele conseguiu comprar um carro em uma única noite no cassino.
    Kevin riu pesadamente, como se lamentasse por não ter conhecido a melhor e a menos gloriosa parte de seu avô. Grace continuava observando o amigo, tentando encontrar qualquer palavra que pudesse ajudar. Ela pensou em várias coisas, mas nenhuma seria capaz de fazer o amigo se sentir melhor, e com certeza soariam meio bregas.
    _ Você vem muito aqui, não vem? – ela perguntou, fingindo estar interessada na capa da revista que Kevin andara folheando.
    _ Todas as quartas. – Kevin sorriu. Pensou em pegra a revista, mas desistiu - As vezes ao sábado com a minha irmã. Ele adora vê-la. Ele acha que ela é a minha mãe, você sabe, elas se parecem muito. Ele me chama de “Toch”, o apelido do meu tio. Eu me parecia muito com ele.
    _ “Toch”? – ela arqueou as sobrancelhas, sorrindo – por causa do cabelo ruivo?
    _ E as sardas. – ele retribuiu o sorriso, mas não foi tão convincente quanto queria – Todas as noites, antes de ir embora, ele me pede para cuidar da minha mãe. Ele pede que sejamos sempre unidos. Ele não sabe que o tio “Toch” faleceu. De qualquer forma, não adiantaria falar. Ele se esqueceria disso amanha, de qualquer jeito.
    _ É exatamente por isso que eu prefiro viver do meu jeito – respondeu Grace – olha só, você nunca sabe quando vai morrer, ou seja lá o que for acontecer.Eu só quero deitar na minha cama a noite, e saber que eu vivi do jeito que eu pude.
    _ Então quando você chegar em casa, vai perceber que perdeu um dia inteiro?
    Grace ficou pensativa, olhando uma senhora assistindo a televisão, enquanto um idoso tentava tirar uma dentadura de dentro do copo, os gestos muito lentos e precários, como se fosse um grande esforço.
    _ Não... Foi bom estar aqui, ajudar em alguma coisa. Me faz acreditar que os meus pais estão errados quando dizem que eu pareço uma delinqüente.
    _ Grace, você não precisa se sentir mal. Eu tenho que dizer, você as vezes faz coisas que Chuck Norris não seria capaz. Mas, sinceramente, você sabe viver e, quando você tiver filhos, e um casamento... Você vai ter uma história, e eu vou amar estar por perto para poder te ouvir contando.
    _ Casamento, argh!
    Grace fez uma careta de náusea, rindo em seguida. Kevin sabia a opinião da amiga em ralação a casamento e filhos. Se tinha uma coisa que Grace não sabia fazer era assumir responsabilidades. Isso a assustava.
    _ Eu já fiz muitas coisas erradas, Kevin – Grace, de repente, não sorria mais. Colocou os pés sobre a poltrona e ficou brincando com os cadarços do seu allstar – eu não me orgulho disso. Eu tenho dezessete anos, quatro passagens pela polícia, um histórico escolar mais sujo que banheiro público, e um monte de arrependimentos. Pra te falar a verdade, os meus melhores momentos são ao seu lado.
    Kevin encarou a amiga, sentindo que, assim como ele, Grace também sentia que havia perdido alguma coisa. Não, ela sentia que estava perdida. Ele se aproximou da amiga, colocou o braço por cima do ombro dela e puxou-a para o seu lado, deitando a cabeça sobre seu peito.
    _ Você tem boas história para contar, Grace. Momentos que eu gostaria de ter vivido também. Você se arrepende dos seus erros, e isso já é um bom começo.Lembre-se: sempre que precisar, estou aqui, não importa qual seja a sua situação.
    _ É bom estar mesmo. – ela sorriu, segurando a mão de Kevin por cima do seu ombro.
    Os dois continuaram observando o movimento sonolento, e a maioria dos idosos já estavam se preparando para dormir, apenas uma ou duas senhoras insistiam em manter os olhos bem abertos para os programas de auditório noturnos.
    _ Vou te dizer uma coisa. Não pense que eu sou uma pessoa ruim... Mas, eu acho que seu avô tem sorte.
    _ Sorte? Eu acho que isso se chama Alzheimer.
    _ Não, eu falo sério, besta. Quer dizer, pense bem. Ele foi um homem entregue ao mundo, você mesmo disse. Tudo o que ele fez de errado, todos os arrependimentos, as coisas das quais ele não se orgulha... Tudo foi apagado. Não existe culpa, nem remorso. Se não fosse uma doença, eu chamaria isso de bênção.
    _ É uma ponto de vista. Mas, pense um pouco... E os bons momentos? O dia em que o primeiro filho nasce, o primeiro dia na faculdade, os natais em família, as loucuras que só acontecem ao lado dos amigos. Você gostaria de apagar tudo o que viveu?
    Grace ficou pensativa, mas não respondeu. Kevin sentiu a incerteza da amiga esvair do corpo através da respiração leve.
_ Existem bons momentos também. Momentos que merecem ser lembrados, que valem a pena. Eu te digo uma coisa: dê-me arrependimento, se pra isso for preciso me lembrar dos melhores momentos da minha vida.
    Grace fitou Kevin, sentindo cada palavra atingir seu rosto como uma brisa quente, uma sensação inexplicável, completamente verdadeira, algo que ela gostaria de guardar na memória pra sempre.
    _ É... Tem razão. Eu não me perdoaria se, algum dia, eu me esquecesse de você. – Grace olhou pela janela, sorrindo para a lua gigantesca.
    As palavras de Grace chegaram ao rapaz como uma brisa quente, um hálito morno que tranqüiliza em tempos de frio. Ele sorriu para si mesmo, satisfeito em saber que era relevante na vida de alguém.
    _ Eu gostaria de poder fazer qualquer coisa pelo meu avô – comentou Kevin, pensativo – eu gostaria de, pelo menos uma vez, ter conhecido o homem aventureiro que todos falam. É estranho sentir saudade de alguém que não existiu.
    Grace levantou a cabeça, jogando as pernas por cima do braço da poltrona, ainda olhando o amigo.
    _ Em algum lugar no coração dele, seu avô sabe quem você é, e com certeza sente muito orgulho do neto.
    _ Você acha?
    _ Não tenha dúvida. Nenhuma doença pode esconder o fato de você ser uma pessoa incrível.
    Kevin encarou a amiga. Ela esteve sempre ao seu lado, incentivando-o, cultivando uma amizade que tinha um potencial ilimitado, uma força inquebrável, onde nenhuma doença poderia apagar aquelas memórias, onde o coração se encarregaria que preservar os melhor momentos, mesmo que o cérebro falhasse. Naquele momento, Kevin pôde enxergar a nobreza que existia por traz de Grace, a rebelde de enorme coração.
    _ Sabe de uma coisa? Vou fazer uma loucura.
    Kevin se curvou e roubou um beijo de Grace. Sentiu seus lábios se tocarem por um segundo, e o hálito quente aqueceu a noite fria, sem se importar se alguém poderia vê-los, o que poderiam dizer no dia seguinte. Eles só queriam demonstrar o valor que um tinha para o outro. Eles ficaram se encarando, até, finalmente, Grace decidir colocar a cabeça sobre o ombro do rapaz, sem dizer uma palavra, sabendo que nenhuma palavra no mundo havia sido escrita, suficientemente boa para descrever aquele momento.
    _ Eu te amo. – ele disse, quebrando silêncio – do jeito que você é.
    _ É. Eu acho que gosto de você também.
    Grace se encolheu e Kevin envolveu-a em um abraço indescritível, tão tenro para ser uma paixão, mas forte demais para ser apenas amizade. Eles estavam em uma transição, mas não queriam pensar nisso agora.
    _ Kevin...
    _ Hum...
    _ Me faz um favor... Não me deixa te esquecer. Nunca.
    _ Pode deixar, suas memórias estão seguras comigo.  
    Lá fora, a chuva decidiu cair pela segunda vez, lavar o céu e clarear a calçada do outro lado da rua, uma noite onde todos podiam se sentir donos de sua alma, líderes de suas vidas, absolvidos de seus erros, como se as boas lembranças tornassem as ruínas apenas uma imagem borrada na mente, irrelevante, sem sentido. E nada daquilo iria trazer arrependimento. Aquela noite não seria carregada pela chuva como uma lembrança a ser esquecida, mas uma boa memória a ser emoldurada e pendurada na parede, onde poderia ser admirada como uma obra de arte do tempo, um momento, uma única cena pintada pelas mãos de pessoas que viviam os mesmos caminhos. Não havia arrependimento, nenhum sequer.

~~***~~

Esse conto é inspirado na série One Tree Hill, e dedicado àqueles que tiveram suas lembranças roubadas pela doença Alzheimer.

Viajando Pelas Páginas - Um Passeio pela Capital Norte-Americana

Olá, pessoal!
     Primeiramente, gostaria de agradecer a todos que comentaram no post do mês passado! Fico feliz em saber que gostaram da coluna e do texto! *-*
     Já o “Viajando Pelas Páginas” de hoje é para quem deseja ler (ou já leu) o “Símbolo Perdido”, de Dan Brown... Pois é! Nossa próxima parada é Washington D.C., capital dos EUA!
     Espero que gostem e deixem suas opiniões!

Super beijo,

Tullia Maria



Um Passeio pela Capital Norte-Americana



     Construída para ser a capital dos Estados Unidos, Washington D.C. (Distrito de Colúmbia), localizada às margens do Rio Potomac, é uma cidade que transpira história e arte. São inúmeros museus, centros culturais, igrejas e prédios monumentais que compõem o complexo considerado por muitos como importante centro maçônico.
     Um monumento imperdível na capital norte-americana é o Capitólio. Sede do congresso nacional, o prédio, que se destaca pela bela cúpula, desempenha ainda o papel de museu. A Rotunda, uma das mais importantes partes da construção, abriga diversas pinturas de inestimável significado para a história norte-americana, entre as quais o afresco que cobre o teto.








     No Capitólio também é possível visitar a Old Senate Chamber, a Old Supreme Court Chamber e a Old House os Representative Chamber, três salas utilizadas para importantes sessões e que abrigam maravilhosas obras de arte. Não deixe ainda de passar na Cripta, abaixo da Rotunda, onde está retratado um pouco da história do monumento, através de exposições, como as das maquetes dos projetos apresentados para a construção do Capitólio.
     Do outro lado do National Mall (Passeio Nacional) é possível encontrar o Monumento a Washington, considerado o obelisco mais alto do mundo. Construído em homenagem ao primeiro presidente dos EUA, o monumento é refletido pelo espelho d’água que se encontra à sua direita. Além de contemplar a grandiosidade da construção, uma boa dica é aproveitar a vista do observatório localizado no alto do obelisco, uma das mais bonitas da cidade, pois permite visualizar todos os quatro cantos da capital.




     Ainda no Passeio Nacional, se encontra O Jardim Botânico dos Estados Unidos, o mais antigo do país. Com uma incrível variedade de plantas, o local conta ainda com uma floresta tropical e um jardim jurássico. Com áreas especialmente dedicadas a algumas espécies de flores e muitos jardins temáticos (como o jardim de borboletas e o jardim de água), o “Botanic Garden” é perfeito para uma sessão de fotos e ainda serve como refúgio para a correria da metrópole norte-americana.



     Outro ponto imperdível de Washington é a Catedral Nacional, construída em estilo neogótico e dedicada a São Pedro e São Paulo. Apesar da beleza arquitetônica, o que mais chama a atenção no local é a presença de uma estátua de Darth Vader, resultado de um concurso infantil realizado na década de 1980. Vale muito à pena dar uma passada nessa maravilha anglicana e conferir suas peculiaridades.



     Duas bibliotecas ganham destaque em meio à imensidão de Washington: a Folger Shakespeare e a Biblioteca do Congresso. A primeira abriga grande parte dos textos de William Shakespeare e outros trabalhos da época. Além disso, conta com um jardim ao estilo elisabetano e um teatro onde são apresentadas as peças do grande escritor e dramaturgo inglês.
     Já a Biblioteca do Congresso é a mais antiga dos EUA e considerada a maior do mundo. Além do numeroso acervo de livros e documentos, que incluem textos em diversos idiomas, o complexo se destaca pela beleza arquitetônica, com belas esculturas, murais e mosaicos. Turistas de todo o mundo se sentem atraídos pelos imensos salões e pelas raríssimas obras, como é o caso da Bíblia de Gutemberg.




     Para quem deseja conhecer alguns dos elementos maçônicos da capital norte-americana uma visita obrigatória é a Casa do Templo. Sede do rito maçônico e construído por Pope, o monumento se tornou um importante ponto turístico. Inclusive, o fato de o prédio ter sido erguido num nível acima do da Casa Branca, apenas contribuem para a crença da superioridade da maçonaria no governo dos EUA.




     Não deixe a cidade sem visitar o museu do Instituto Smithsoniano. Nele é possível encontrar importantes obras de arte que contam um pouco da história do país e contribuem para a riqueza cultural da capital. O visitante irá se maravilhar com a capacidade que Washington D.C. tem de assumir diversas facetas, misturando o antigo e o moderno. Apaixonante, não é mesmo?



Tullia Maria 


~~***~~
"Dois Prenomes, onze letras e algumas histórias pra contar. Essa é Tullia Maria, capricorniana e estudante de 16 anos que mora na mesma cidade do interior da Bahia desde que nasceu. Apaixonada por livros e viagens, quer fazer a diferença no mundo. E decidiu começar a sua missão transformando em palavras as suas opiniões e pensamentos."
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[Resenha] - Neuromancer - William Gibson

http://cafedeontem.files.wordpress.com/2011/01/neuro.jpg
***
Título: Neuromancer
Autor: William Gibson
Editora: Aleph
***



     "O céu por cima do porto tinha a cor de uma TV que saiu do ar. 
     — Não é que eu queira — Case ouviu enquanto abria caminho pela multidão que estava na porta do Chat. — Mas é como se o meu corpo tivesse criado, por si mesmo, esta enorme dependência da droga." página 6, capítulo 1


     Case era um requisitado cowboy do cyberespaço - um racker de primeira linha - sempre fazendo grandes negócios usando seu talento em viajar na Matrix, um mundo virtual. Mas cometeu um grave erro, o maior erro que um cowboy poderia cometer: passar a perna nos contratantes. Isso rendeu ao hacker uma terrível dor de cabeça, literalmente. Seu sistema nervoso foi comprometido devido a uma micotoxina aplicada a mando dos patrões ressentidos pelo golpe. Case tornou-se um inválido, nunca mais poderia viajar pela Matrix.
     Sua vida limitou-se às drogas e ao mundo sei lei de Chiba City, o receptáculo de toda a atividade criminosa, desde roubo de dados à pesquisas genéticas ilegais. Era esse o motivo de Case estar ali, buscar uma cura com os especialistas, buscar uma forma de restaurar seu cérebro e poder, enfim, viajar pelo cyberespaço novamente.
     Mas a vida de Case deu outra guinada. Sua vida ainda tinha as mesmas promessas miseráveis de um hacker encostado, quando surgiu Molly, uma samurai das ruas - dotada de implantes oculares e bisturis retráteis debaixo da unha - em seu caminho, alegando que precisava levá-lo até Armitage, um ex-militar com porte assustadoramente atlético. O homem misterioso ofereceu a cura do cowboy em troca de serviços especiais, e a ideia de viajar novamente pela Matrix deu ao Case esperança, ainda que não fosse essa a "palavra-tema" na decadente sociedade futurista.
     Sem ter ideia exata de onde estavam se metendo, Case e Molly formam uma dupla para cumprir as ordens de Armitage e, nas horas vagas, descobrir para quem o patrão trabalha. Uma complexa rede de inimigos se forma na frente deles, e aliados cada vez mais duvidosos são recrutados por Armitage. Especialmente Riviera, um sujeito capaz de criar hologramas a partir da sua simples vontade.


     "As costas do casaco do homem caído incharam e explodiram: sangue
esguichou pelas paredes e porta. Um par de braços de comprimento
impossível, cheio de tendões como cordas, moviam-se no clarão com uma
cor rosada. A coisa dava idéia de que ia subir por si mesma do chão, de
dentro da ruína inerte e sangrenta que havia sido o corpo de Riviera. Tinha
dois metros de altura, apoiava-se em duas pernas e parecia não ter cabeça."
Página 92, capítulo 7


     Ao longo da trama, a rede se torna mais clara, mas ainda complexa. Agora estavam lidando com as IA's (Inteligências Artificiais), personalidades virtuais que comandavam grandes operações. Case, sem ter completa certeza quem seja, de fato, seu inimigo, começou a buscar respostas em todos os lugares, e Molly era a única pessoa confiável em todo o mundo.
 
     Nesse conflito Homem versus IA's, William Gibson consegue criar uma poderosa história que envolve um mundo decadente e noir, uma série de reflexões sobre a sociedade e os passos que tomam a humanidade, além de uma trama astuta capaz de prender sua mente.

     William Gibson revoluciou o termo Sci-Fi. Sua obra inspirou muitos sucessos futuristas, entre eles a renomada trilogia Matrix. A obra Neuromancer, publicada em 1984, reproduz uma sociedade de atmosfera mortiça, com drogas, crime, sexo fácil e outras barganhas da vida pelo prazer prático em um mundo acabado.
     Neuromancer pertence a uma trilogia, a Trilogia do Sprawl, contendo o volume 2 - Count Zero, e o volume 3 - Monalisa Overdrive.
 
    
"E, numa noite de outubro, quando avançava pelas galerias da Eastern
Seabord Fission Authority, notou três figuras, minúsculas e impossíveis.
Apesar de serem tão pequenas, conseguiu descobrir o sorriso do rapaz, as
gengivas rosadas, o brilho dos olhos rasgados e cinzentos — os olhos que
tinham sido de Riviera. Linda ainda vestia o seu blusão; acenou quando ele
passou. Mas a terceira figura, muito junto dela e com o braço em volta dos
seus ombros, era ele próprio.
"
Página 258, Último capítulo
 

     Minha dificuldade em escrever essa resenha foi absurda! Neuromancer é, pra mim, o melhor cybepunk e, por ser o livro que encabeça minha lista de desejados (ou pelo menos briga com uma meia dúzia para assumir o posto), não tem como não se sentir inseguro diante de tamanha responsabilidade, que é escrever sobre algo que tanto gostamos. Mas espero que eu tenha sido convincente o bastante, a ponto de entenderem o meu recado: Neuromancer é muito bom. Não apenas bom, nem ótimo. O livro é incrível! O frenesi da narração, as reflexões, os diálogos agressivos e imundos! Leiam, leiam mesmo! vale a pena, mais do que comer McFlurry ^^

Grande abraço a todos! Fiquem na Paz!
 
Base feita por Adália Sá | Editado por Luara Cardoso | Não retire os créditos