Top 5: Opiniões sobre os 5 últimos livros que li

Oi, pessoal!
Bom, eu disse que ia fazer uma resenha, mas ai pensei melhor e resolvi não fazer. Tem várias resenhas por ai, e preferi fazer algo melhor.
Vou falar sobre os últimos 5 livros que li, em ordem do melhor para o pior. Não são exatamente os 5, mas escolhi entre uma quantidade que não sei qual é, nunca presto muita atenção na ordem que leio. Então, lá vamos nós :


  (Sinopse aqui)


Capa: Quando as pessoas veem essa capa, a maioria lembra de Jogos Vorazes pelo que eu pude perceber,  dá sim para associar as duas. Depois que terminei de ler o livro ( as cinco horas dessa madrugada, virei a noite pra ler) eu entendi o motivo para essa escolha. A facção representada, que é essa bola de fogo, é a Audácia, e em baixo temos uma Chicago bem sombria, que é a onde se passa a história. Então, nota 10 para a capa!

Livro em geral: Não tem como descrever Divergente. É totalmente meu estilo de Distopia, e não me lembrou Jogos Vorazes em momento algum, mas me prendeu do mesmo jeito. Não imaginei que em um livro tão " pequeno " ( 500 páginas) pudesse acontecer tantas coisas. Beatrice é uma menina corajosa, e me dá vontade de ser como ela. Nunca pensei que para uma estreia, Veronica Roth se sairia tão bem, e não apostei tanto no livro, que acabou me surpreendendo muito. Achei que ela acabaria com o final como Lauren Oliver fez em Delírio, mas ainda bem que não fez isso. 
O livro me fez rir, chorar, sentir raiva, e sorrir como uma idiota ( faço isso muitas veze). Recomendo muito e sem duvida merecia ser o primeiro da minha lista.


  (Sinopse aqui)

Capa: Podem me chamar de tonta, ou sei lá ( pode mesmo, sou loira), mas não entendi a capa! É linda, amei ela e tal, mas não consigo associar o livro a ela. Se fosse um Beija - Flor, até que eu poderia entender, mas uma borboleta? ( é uma borboleta, né?) Bom, a capa é linda, dou nota 7.

Livro em geral : Algumas pessoas, que leram, devem estar se perguntando o motivo para o livro estar em segundo. Bom, primeiro, eu não acabei de ler ainda! Mas já estou amando tanto que tinha que colocar na lista. Segundo, meu fraco é pra Distopias e coisas sobrenaturais, é raro eu ler livro com pessoas " normais", mas falaram tão bem de Belo Desastre, que a curiosidade bateu.
O livro é maravilhoso, Travis é o bad-boy perfeito, e o melhor amigo que qualquer garota quer ter. Acho Abby meio idiota as vezes, ela não enxerga as coisas direito. Recomendo o livro para quem gosta de um bom bad-boy e de um romance turbulento. E não leiam o final! Acaba com o livro todo. ( Minha melhor amiga decidiu acabar comigo e leu o final)


(Sinopse aqui)

Capa: Essa capa é linda, amei de cara. Comprei mais pela capa do que pelo livro, e também não tem muito a ver com as historias do livro... Isso está virando moda? O que achei lindo na capa foi essa lua ( tenho uma queda por luas, inexplicável). Então dou nota 9 para a capa.

Livro em geral: Eu gostei de Mistérios Noturnos. Não foi O livro, mas eu gostei. São 5 historias de diferentes autores, teve uma que gostei mais, uma que gostei menos... Mas no geral o livro é bem interessante, deu para me distrair. Fica no meio a meio, não tenho muito o que falar sobre ele.

(Sinopse aqui)

Capa: Eu adoro essa capa, e olha que não sou fã de zumbis. Achei tão legal essa " linha " vermelha na cabeça dele. O nome de lado me chama atenção também. Resumindo, é linda. Nota 9.

Livro em geral: Bom... O que falar de Sangue Quente? Foi decepcionante. Eu esperei tanto do livro, para me decepcionar profundamente. Tudo bem que tem romance e tudo mais, mas o livro estava ótimo até o final. Que final é esse? Alguém me explica? Não entendi como o autor conseguiu estragar o livro todo assim. Nem sei se vou ver o filme depois de ler... Mas vamos ver como eu me sinto em relação ao livro até lá.


(Sinopse aqui)

Capa: Combina com o livro, de fato. Atrás é bem melhor, e eu até gostei. Nota 6.

Livro em geral: E eu ainda me pergunto por que eu queria esse livro... E não consigo achar a resposta. Eu não gostei, de verdade. Eu tenho uma coisa com essas doenças, anorexia, bulimia, se cortar... Foi difícil conseguir terminar o livro, mas eu nunca ia deixar de ler algum. Se alguém tem o mesmo problema que eu, não leia esse livro. Nem olhar para ele eu consigo direito, sim, sou fresca.



Então foi isso, gente. Se já leram algum desses, comentem o que acharam, eu amo os comentários de vocês. Beijos e até a próxima! 

                                                                                                                             By: Ana C. 

[Resenha] Cruzando o Caminho do Sol - Corban Addison

     Muitas histórias são escritas para chocar e impressionar, especialmente quando elas carregam um tema tão forte quanto a comercialização do sexo por meio do tráfico de mulheres. O livro Cruzando o Caminho do Sol, no entanto, tratou o mesmo tema de forma sensível e tocante, sem escandalizar. Uma obra que merece ser lida.





Título: Cruzando o Caminho do Sol
Autor: Corban Addison
Editora: Novo Conceito
440 páginas



"O passado era tudo o que restava para ela."


     Sita e Ahalya eram irmãs, as melhores. Vivendo ao lado dos pais e de uma simpática servente no litoral da Índia, elas tinham o que poderia ser chamado de vida próspera. Os dias corriam bem e elas não poderiam ser mais felizes... Até o dia do tsunami. A grande onda arrebatou seus familiares, deixando as duas jovens sem ter a quem recorrer. Incapazes de se virarem, elas acabam caindo nas mãos de pessoas com péssimas intenções.

     Enquanto isso, Thomas Clarke tentava ajeitar sua vida arruinada. Com uma perda irreparável, um camamento indo de mal a pior e problemas no trabalho, ele não parecia muito satisfeito. Um evento traumatizante em uma de suas viagens, no entanto, faz o advogado litigioso mudar completamente sua perspectiva de vida. Confuso sobre o que quer e o que precisa fazer, ele embarca numa aventura pro bono, seguindo um caminho cheio de novidades impactantes. O destino vai se encarregar de unir os caminhos de Thomas e das irmãs indianas.

     Sita e Ahalya, depois de serem separadas, dependem da perseverança de Thomas e de uma agência na Índia para juntá-las novamente.



"O mundo podia roubar sua lliberdade; podia acabar com a sua inocência; podia destruir sua família e arrastá-las por caminhos para além de seu entendimento. Mas não podia privá-las de sua memória. Apenas o tempo tem esse poder, e Sita iria resistir a todo custo."
Página 299



     Cada personagem da trama é desenhado e refinado, alguns mais detalhados que outros, os diálogos possuem uma elaboração bem feita, como se fosse possível inclusive ouvirmos a cadência das vozes enquanto Thomas conversa com Sita, ou enquanto Priya desabafa todas as suas frustações. Narrado em terceira pessoa, o livro possui uma alternância muito interessante. Num momento, estamos acompanhando a jornada de Sita e Ahalya e, no capítulo seguinte, estamos seguindo Thomas em sua buscar pelas jovens e a busca por si mesmo. Particularmente gostei dessa estratégia de organização do texto, é fácil de se acostumar, além do mais essa variação no ritmo, no cenário e nos personagens ajuda a manter a leitura mais atraente.
     Corban Addison criou uma obra emocionante sobre um tema que preocupa desde os pais até as entidades governamentais mundiais. Muitas das vezes é difícil compreender o que leva uma pessoa a vender um semelhante como se fosse uma mercadoria. Pior ainda, é abominável imaginar alguém vendendo uma criança para ser usada para satisfazer caprichos sexuais doentios. Mas, de um jeito cauteloso e igualmente tocante, Addison consegue levar até o leitor uma história ficcional com um cenário real.
     Cruzando o Caminho do Sol é uma janela para vermos um pouco melhor a situação do abuso infantil e o tráfico de mulheres, e como podemos nos surpreender quando descobrimos que isso não acontece apenas em países emergentes.
     O autor teve muita dedicação em pesquisar sobre o tema. Addison passou uma temporada na Índia e isso ajudou e muito a criar a atmosfera certa para sua história, além de mostrar sua empatia pelo caso em questão.
     O livro merece uma recomendação. Tenho certeza que os leitores vão viajar para muitos lugares e se comoverem com as situaçõs difíceis vividas pelas irmãs indianas e o advogado em busca de respostas pessoais.
     Leiam! Vale muito a pena =)

Boa leitura, fiquem na Paz!
      
    

  

Promoção Queridos Blogueiros

Amigos inspirados! Vocês devem estar pensando que o blog Inspirados deu a louca de fazer promo atrás de promo, né? Bem, vocês estão certos! Livro atrás de livro, imagina quantos deles podem ir parar na sua estante?! Numa boa, não percam! E, pra mostrar que estante gulosa é estante saudável, vamos dar início a uma promoção no clima de fraternidade! Boa sorte, amigos! =)

Promoção Queridos Blogueiros



Olá pessoal, hoje trago uma mega novidade para vocês, quatro Blogueiros Amigos decidiram realizar uma ótima promo para todos os nossos seguidores , espero que gostem, é muito fácil participar ...

Blogs Participantes

Leitores Compulsivos - http://vampleitores.blogspot.com.br/




Regras

  1. Ter endereço de entrega no Brasil
  2. Seguir os Blogs pelo Google Friend Connect
  3. Curtir as paginas no Facebook
  4. Seguir os Twitters
  5. Divulgar a promoção no Facebook
  6. Divulgar a promoção no seu Blog (optativa)

-Não nos responsabilizamos por extravio dos correios

Datas de participação, resultado, e entrega dos prêmios.
Participação: 25 de setembro de 2012 a 30 de outubro de 2012
Divulgação dos Resultados: Até 48 horas após o termino.
Envio dos Prêmios: os blogueiros podem enviar os livros no prazo Maximo de 40 dias após o contato com os vencedores! 

O primeiro sorteado levara os livros Cem toques Cravados + A Guerra do apocalipse + Marcadores
O Segundo sorteado levara os livros A arte da imperfeição + Garota Replay + Marcadores
O Terceiro sorteado levara o livro A Hospedeira + marcadores









[Promoção] - Nath & A Ilha da violação

Alô, amigos inspirados!

     Como é bom estar aqui mais uma vez para apresentar mais uma novidade! Pra você que curte uma boa ficção científica, fica ligado nessa super-promoção!

     O escritor Fizpan Porcel está na pista dos autores com suas duas produções inependentes: o livro Nath e o A Ilha da Violação. E, como a gente bem sabe, livro bom não fica na moita, por isso estou aqui para intermediar essa incrível promoção! Fiquei imensamente feliz quando fui escolhido para lançar essa promo em nome do autor. \o
     Pois é, moçada, são dois livros para um único vencedor! Bora lá conhecer um pouco mais sobre as obras?



Título: NATH
Tema: Aventura, Realismo fantástico, Literatura Nacional
Número de páginas: 121
Edição: 1ª (2012)
Formato: A5 (148mm x 210mm)
ISBN: 978-85-913367-2-2
Coloração (miolo): Preto e branco
Acabamento: Brochura c/ orelha
Tipo de papel: Offset 75g

"Quando um ser digital se materializa no mundo dos homens, coisas incríveis podem acontecer. O impossível se torna possível; a fantasia se reveste da realidade; o invisível, por sua vez, mostra aos céticos a glória de seu existir. Acompanhe esta simples história para saber o que será da menina e do alvo de sua afeição. Uma menina que transcende o espaço e o tempo. Uma menina que rompe a barreira entre os dois mundos para viver o seu amor. E um novo dia em breve nascerá".



Título: A Ilha da Violação
Tema: Aventura, Ficção, Realismo fantástico
Número de páginas: 107
Edição: 1ª (2011)
Formato: A5 (148mm x 210mm)
ISBN: 978-85-913367-0-8
Coloração: Preto e branco
Acabamento: Brochura c/ orelha
Tipo de papel: Offset 75g
"Uma cientista, por meio da tecnologia, espera libertar o Instinto em um garoto. A experiência parece dar certo. Contudo, sem que saiba, algo mais acontece. Uma poderosa Entity é liberta e se torna uma ameaça global. E apenas um gesto arriscado poderá impedir a escuridão de dominar o planeta".


     É mais um passo para a sci-fi nacional, um gênero ainda pouco explorado se compararmos com a origem dos clássicos que levam essa temática. Agora, vamos combinar, moçada, nada melhor do que ter em primeira mão livros como esse, diz aí! 

    Para participar é muito simples mesmo. Basta seguir às instruções do Rafflecopter e, pronto, concorrer a esses dois exemplares! 


a Rafflecopter giveaway

 

     Seguiu todas as regras! Então agora é só torcer! Boa sorte a todos, uma excelente leitura e fiquem na Paz!
=)



 

Promoção Clive Cussler ao Quadrado!

Alô, amigos inspirados!

Estamos no ar com mais uma super-promoção em parceria com a Editora Novo Conceito!
Pra quem ainda não conhece o autor Clive Cussler, ele é autor de duas incríveis obras que conquistaram os amantes do gênero aventura e espionagem.

Acontece que, para satisfação de todos, temos um kit especial com os dois livros publicados pela NC, são eles:


kit O espião

kit O Reino

O livro O Espião vem com chaveiro-bússola, envelope personalizado e marcador.
O livro O Reino vem com chaveiro, garrafa-d'água, marcador e caixa personalizada.
 
A promoção é simples, tudo é feito via rafflecopter, sem mistérios. Basta logar com a sua conta de facebook ou e-mail e seguir as instruções. Simples assim xD

Para participar é necessário ter endereço de entrega no Brasil, e seguir todas as instruções, ok?

Vamos nessa, então?^^


a Rafflecopter giveaway

Boa sorte a todos, e uma excelente leitura!

Divergente: livro + evento

Oi, pessoal
Bom, eu sei que tinha falado no me ultimo post que faria uma resenha, mas infelizmente meu Mistérios Noturnos chegou atrasado e eu realmente não quero olhar a capa de Garotas de Vidro de novo, estou com trauma desse livro.
Então, aproveitando que hoje fui no evento maravilhoso ( e raro, ES nunca tem nada) de Divergente, vou mostrar as coisinhas que eu ( e meu namorado sortudo) ganhei.
Falando sobre o livro, não tinha me interessado por ele antes, acho que o nome não me chamou atenção, por achar estranho, mas depois desse evento eu necessito comprar ele. Aqui um pouco sobre o livro:



Numa Chicago futurista, a sociedade se divide em cinco facções – Abnegação, Amizade, Audácia, Franqueza e Erudição – e não pertencer a nenhuma facção é como ser invisível. Beatrice cresceu na Abnegação, mas o teste de aptidão por que passam todos os jovens aos 16 anos, numa grande cerimônia de iniciação que determina a que grupo querem se unir para passar o resto de suas vidas, revela que ela é, na verdade, uma divergente, não respondendo às simulações conforme o previsto. A jovem deve então decidir entre ficar com sua família ou ser quem ela realmente é. E acaba fazendo uma escolha que surpreende a todos, inclusive a ela mesma, e que terá desdobramentos sobre sua vida, seu coração e até mesmo sobre a sociedade supostamente ideal em que vive.
Todos que foram ganharam algo, o que foi muito legal. Infelizmente não ganhei o livro, nem uma das canecas, e nem uma das camisas. Mas aqui a foto dos meus brindes:

                                                                        ( Foto horrível por que usei o celular)

Dois folhetos do primeiro capitulo, cinco marcadores, um botton, um pin, um 
chaveiro e um saquinho com balas que não sobreviveram para a foto.
Infelizmente não ganhei a blusa, mas aqui uma foto pra vocês, já que meu namorado ganhou e vai dar ela para mim ( iupi !):



As coisinhas que ele ganhou mais a linda camiseta.

Bom, foi isso gente, desculpa pelo post pequeno, mas estava sem idéias. Um beijo para todos e até o próximo post.

Esse post foi feito pela Ana C. =)

Os Melhores de 2012-1

Ohayō, cambada!

     Pois é, estou atrasado um pouco mais de um mês com esse post. Eu deveria ter postado logo no começo de Agosto, mas sabem como é, às vezes a gente tem preguiça e precisa jogar a culpa na falta de tempo, então vou fazer isso. Culpem o tempo, valeu? xD
     Enfim, vamos lá. Hoje vamos ver um pouco dos livros que me conquistaram no primeiro semestre de 2012. Vamo' nessa?


Mortal Engines



     Não é uma estória extraordinário, mas ler um livro distópico em que as cidades são tracionadas e uma das personagens principais não é nenhuma Mary Sue... Ah, qual é, se você não der uma chance pra esse livro te conquistar, você é quem perde. Phillip Reeve soube conduzir uma sci-fi (acho que podemos enquadrar essa obra no gênero, ainda que possa parecer presunção demais) com uma narrativa bem estruturada. Seus personagens, então, são fantásticos!
     Eu descobri no primeiro livro dessa saga uma trama incrível, uma sociedade hierarquizada e uma ambientação steampunk no futuro. Não sei porque Mortal Engines se tornou um dos meus preferidos do ano, ele não tem nada excepcional, além do fato de merecer mais páginas do que suas míseras 270. Mas foi apenas uma das poucas leituras que me deram tanto prazer a ponto de lamentar de verdade ter acabado.
     O triste mesmo é que eu não sei quando vou ler o segundo volume da série.


O Espião



     Esse é um livro que vale a pena ser lido, pelo menos pra você que curte o gênero de espionagem. Uma boa parte dos leitores não conseguiram curtir o livro por ele ser muito detalhista, falar muito sobre navios e usar termos técnicos navais. Sim, isso pode até ser incômodo, mas eu sou desse tipo de leitor que gosta de jogar todas as dúvidas de uma leitura pro Google resolver. No final, senti minha bagagem de conhecimento um pouco mais recheada.
     Mas não precisa ficar com essa cara, O Espião não é igual ao seu professor de História. A trama criada por Clive Cussler tem uma atmosfera incrível, te faz pensar nos antigos filmes policiais, os antigos de 007 e até Os Intocáveis. Achei a leitura muito boa e não consegui estabelecer nenhum ponto negativo que fosse suficientemente importante para ser dito aqui. Então, vale as penas =)
     Um belíssimo trabalho da Novo Conceito!


O Nome do Vento



     Ah, vocês vão me obrigar a falar desse livro, não vão? Tá bom, vai. Não quero contrariar ninguém aqui, então vamos falar sobre o lit-fan mais incrível de todos os tempos desde a invenção dos steaks de frango da turma da Mônica. Patrick Rothfuss, dono dessa incrível criação (não dos steaks, eu tô falando do livro agora xD), foi a melhor leitura em muito tempo por um motivo muito simples. A cada capítulo, as expectativas acerca da trama aumentam, é uma progressão incrível, o autor não deixa a peteca cair de jeito nenhum e, quando você pensa que a leitura está tendendo ao cansaço, uma reviravolta te atrai e, pronto, nem parece que alguma coisa quebrou o clima da leitura.
     Claro que, por ser um livro graúdo, tem aqueles momentos descritivos que provocam o pensamento "pra quê tudo isso?", mas acho que faz parte do lit-fan bem feito. Vão me dizer que Senhor dos Anéis não irritou ninguém com aquelas descrições quilométricas sobre portões, vilarejos, árvores e pessoas? E isso tornou a história menos interessante? Deixa que eu respondo pra você: Não! Não deixou!
     Então, dito tudo isso, se tem um livro que eu recomendaria, seria O Nome do Vento. Se você ainda não leu, corre que a leitura vale cada página! Parabéns à Editora Arqueiro por essa publicação! Ah, e parabéns pela tradução, manter a qualidade e a diagramação impecável em um livro tão gordinho assim não é fácil.


     E aí, galera, o que acharam? Concordam comigo, ou não?
     Fiquem por perto, logo logo teremos mais coisa boa =)
     Grande abraço, fiquem na Paz! xD

[Entrevista] Maria Fernanda Guerreiro, autora da Novo Conceito!

Aloha, muchachos e muchachas!

     Hoje trago uma supernova - sim, em todos os sentidos - não apenas uma super novidade, como também uma supernova da Literatura Nacional! Maria Fernanda Guerreiro, autora de A Filha da Minha Mãe e Eu, nos presenteou com todo o seu carisma brasileiro e sincero. Melhor do que um bom livro, só mesmo um bom livro escrito por uma mente brilhante e coração generoso. E como a indústria têxtil anda com a inflação lá em cima, vamos parar de rasgar seda (trocadilhos infames você encontra aqui) e ir ao que interessa!
     Com respostas deliciosamente divertidas e profundas, a autora acabou dando um show até mesmo na minha modesta entrevista. Obrigado pelo up, Maria Fernanda =D 
     

Maria Fernanda Guerreiro


~***~
     Médica, jornalista, atriz, advogada, cantora e psicóloga até os 15 anos, Maria Fernanda Guerreiro nasceu em 18 de janeiro de 1973, na cidade de São Paulo, e acabou optando por cursar Publicidade depois de ser uma das finalistas em um concurso de melhor redação entre as escolas de ensino médio de São Paulo. Formada em Comunicação pela FAAP, trabalhou como redatora em algumas das mais premiadas agências de propaganda do País até 2008, quando nasceu seu primeiro filho. Atualmente é uma das roteiristas do longa Estação Liberdade. O livro A filha da minha mãe e eu é seu romance de estréia.
~***~

  


Para saber mais sobre a obra, que tal dar uma olhadinha na nossa resenha, aqui no blog Inspirados? =)
clique na imagem para ler a resenha! =)


~~***~~

Entrevista Com a Autora

1) Conte-nos um pouco sobre Maria Fernanda Guerreiro, as mãos e mente hábeis por trás desse romance.

Desde muito pequena eu construía histórias na minha cabeça. Meus pais contam que eu falava muito sozinha. Eram bonecas que iam para a escola, tinham amigas e se casavam, príncipes que enfrentavam tudo por suas amadas, enfim, pequenos contos que eu reproduzia observando o meu em torno, claro, dentro de um repertório infantil. Depois, quando aprendi a ler, um outro mundo se abriu. Percebi que haviam também histórias, diferentes das minhas, na cabeça dos outros. Peguei gosto e comecei a devorar livros, principalmente nas férias.  Meus preferidos eram os de suspense e os romances (no sentido mais amplo, e não no sentido de história de amor).
Quando a adolescência chegou, para mim foi um momento muito duro, de muita angústia. Uma época em que a única certeza que eu tinha é que ninguém me entendia. E foi exatamente nessa época que comecei a escrever,  para poder expressar o que eu sentia e também para tentar me entender. No meu caso, escrever não foi uma escolha, mas uma necessidade de pertencer, de não enlouquecer. A forma que eu encontrei de fazer análise sem ir ao analista, de transferir para as personagens os meus sentimentos. Nessa época eu acho que a escrita teve na minha vida,  o papel que os sonhos têm na vida das pessoas, que é justamente o de desafogar o que a gente não consegue lidar bem. Quando chegou a época do vestibular, fiquei em dúvida sobre várias profissões, mas acabei decidindo que queria ser publicitária. Sou formada em comunicação pela FAAP e trabalhei durante quinze anos como redatora. Sempre gostei de escrever e quando decidi que não queria mais trabalhar em agência, principalmente por não conseguir ter tempo para mim, para a minha família e meus amigos, resolvi ser escritora.  Uma maneira de continuar fazendo o que eu mais me dá prazer, e o que é melhor, administrando meu próprio tempo.



2) Uma coisa que sempre pergunto aos autores é o que tem de si mesmos em sua obra. Onde podemos ver um pouco de você em "A Filha da Minha Mãe e Eu"? Algum personagem foi criado inspirado em você mesma ou em alguém que conheça, ou foram todos frutos de sua imaginação?

O livro, “A Filha da Minha Mãe e Eu” conta, especificamente, a história do relacionamento conturbado entre Helena e sua filha, Mariana. No momento em que Mariana descobre que está grávida, ela se dá conta que, antes de se tornar mãe, é preciso rever seu papel como filha, tentar compreender o outro e, principalmente, perdoar-se.
Ela vai, então, tentar refazer a relação com a mãe, não nos fatos porque isso é impossível, mas na interpretação deles, para tentar se libertar de seus fantasmas e seguir inteira em sua própria história.
A verdade é que o assunto “relacionamento”, seja ele de que natureza for, sempre me interessou. Eu acho que se você tem a capacidade de se ver humano, com imperfeições, medos, desejos, frustrações e alegrias como qualquer outra pessoa, percebe que todo relacionamento, até entre pais e filhos, é uma via de mão dupla, onde se aprende na mesma medida em que se ensina.
Mas, votando à sua pergunta, Nelson Rodrigues já dizia que todo livro é um pouco autobiográfico. Eu concordo com isso. Pode não ser a história em si inteiramente autobiográfica, mas sempre tem uma personagem que foi inspirado em alguém que você conhece ou uma música que você ouviu e serviu de base para uma outra história. Enfim, eu acho que toda forma de se expressar é, em parte, autobiográfica na medida em que mostra a visão, os pontos de vista, de um modo ou de outro, de quem está se comunicando.
Uma vez, escutei de um autor na FLIP que deveriam inventar uma nova categoria: a “auto-ficção”. Acho que “A Filha da Minha Mãe e Eu” cabe perfeitamente nessa categoria. Agora, qual parte é “auto” e qual é “ficção”, eu vou deixar por conta da imaginação dos leitores!



3) Na sua biografia, você conta que teve seu primeiro filho no ano de 2008. E, já que estamos falando de relação entre pais e filhos, qual foi o tipo de transformação que seu lado escritor sofreu ao viver a experiência de ser mãe? É uma inspiração a mais?

Na verdade, meu lado escritor não sofreu nenhuma transformação. O meu “eu” inteiro, e aí sim, englobando meu lado escritor, é que mudou. O que eu quero dizer é que eu continuei escrevendo como sempre fiz: com o coração, com a minha maneira de enxergar o mundo, com a minha intuição de para onde aquele personagem deve ir. Acho que, no fundo, todo autor faz isso. Talvez, o fato de ter me tornado mãe tenha me dado um pouco mais de consciência sobre o papel de um livro na vida das pessoas, mas não que tenha feito mudar meu modo de escrever. Para mim, escrever tem a ver com prazer. Isso não significa que não haja muito trabalho quando se escreve um livro ou um longa. Mas o processo em si, para mim, é muito prazeroso. Eu gosto de pensar numa história, como vai ser o começo, para onde ela vai me levar. Eu gosto de pensar em como vão ser as características físicas e psicológicas de cada personagem. Eu gosto de pensar em como foi a história de vida de cada personagem, mesmo que isso não apareça na história, porque é a partir disso que se pode, mais ou menos, prever como cada um vai reagir diante de um fato. Ou pelo menos, como cada um vai se justificar diante de um fato.




4) Ainda em sua biografia, você menciona seu papel no longa "Estação Liberdade" como roteirista. O que te levou a viver esse universo da literatura e do cinema? Foi um sonho desde criança, ou trata-se de um gosto que se desenvolveu com seu amadurecimento?  

Ser roteirista foi uma surpresa deliciosa para mim. Eu nunca fiz nenhum curso ou estudei para isso, apesar de adorar cinema.
Em uma das agências em que trabalhei, fiz uma propaganda que acabou ganhando um prêmio importante chamado FIAP (Festival Ibero Americano de Publicidade) junto com o Caíto Ortiz (na época, diretor de filmes publicitários). Algum tempo depois, o Caíto, que sempre foi um gênio-talentoso-maluco-carismático fez um documentário chamado “Motoboys”.  E, logo depois, outro documentário “O Dia em Que o Brasil Esteve Aqui”. Nesse processo natural de novos caminhos, ele resolveu, então, fazer seu primeiro longa, o filme “Estação Liberdade”. Foi aí que ele me chamou para escrever o roteiro, juntamente com mais dois caras super talentosos, o Giuliano Cedroni e o André Godoy, pela Pródigo Produtora. Foi um longa importante, com filmagem no Brasil e no Japão, sob a produção executiva de Leslie Markus, Francesco Civita e Beto Gauss. O filme conta a história de um neto de japonês em busca de sua identidade e a previsão de estréia em circuito nacional é até o fim do ano.
Hoje, eu peguei tanto gosto por esse universo, que já estou escrevendo meu segundo longa. A direção é de Camila Faus com co-participação de Patrícia Valverde.



5) "Médica, jornalista, atriz, advogada, cantora e psicóloga até os 15 anos". Entre essas opções, como você se posiciona hoje?

Sou escritora e roteirista por amor, psicóloga de metida e cantora de cara-de-pau mesmo porque eu nunca vi alguém tão desafinada quanto eu.


6) Alguns escritores têm o que a gente pode chamar de "ritual". Você tem essas manias de escritor, segue alguma rotina ou tem algum hábito particular antes de começar a escrever?

Não. Eu não tenho nenhum tipo de ritual mas, como passam muitas coisas ao mesmo tempo na minha cabeça, eu costumo me organizar antes de começar a escrever. Por exemplo, em  “A Filha da Minha Mãe e Eu”, primeiro eu tracei o perfil psicológico de cada personagem. Depois, peguei uma cartolina enorme e a dividi em várias colunas. Cada coluna representava um capítulo e ali eu escrevia resumidamente sobre o que eu queria falar em cada um dos capítulos. Durante todo o processo de escrever o livro, essa cartolina ficou pregada na parede do meu escritório.
 

7) Em que ocasião surgiu a ideia de escrever "A Filha da Minha Mãe e Eu"?

Quando eu tomei consciência de que era um assunto que eu entendia mas que, como a maioria dos filhos, não sabia lidar direito.


8) Quais escritores e obras marcaram sua vida e influenciaram em seu talento como escritora?

Sempre que me fazem essa pergunta, eu fico em dúvida na parte das “obras que marcaram a minha vida”. E isso porque, confesso, muitas vezes não foi um livro determinado que mexeu comigo, mas uma frase, uma cena, um capítulo, uma personagem, enfim, uma parte que, juntando com outra parte de outros livros do mesmo autor, me fazem gostar dele.
Além disso, às vezes um livro pode ser importante em uma fase da sua vida e em outra não. Por isso, vou pular as obras e ir direto para os autores que eu acho que valem sempre a pena buscar algo deles, pode ser?

Fernando Pessoa / Raduam Nassar / Clarice Lispector / Paul Auster / Amon Oz / Oscar Wilde / Agatha Christie / Luis Fernando Veríssimo / Nelson Rodrigues / Monteiro Lobato / Carlos Heitor Cony / Marta Medeiros / Jorge Luis Borges / Gabriel Garcia Marques / Shakespeare / Julio Cortázar


9) Vamos ao bate-bola. Diz pra gente o que cada uma dessas palavras significam pra você:
Música: A melhor maneira de me transportar para onde eu quiser.
Filme: Adoro cinema! Gosto praticamente de todos os filmes do Almodóvar, Woody Allen e Tarantino.

Esporte: Algo que eu deveria fazer com mais frequência.

Literatura: Uma das minhas maneiras preferidas de aprender.

Comida: É sempre um grande prazer, além de uma maneira deliciosa de reunir pessoas queridas.

Qualidade: Integridade

Defeito: Falsidade e egoísmo.

Conquista: Ter vendido dois mil livros de “A Filha da Minha Mãe e Eu” logo no primeiro mês depois de seu lançamento. Fico muito contente com isso.

Vida: Família e amigos

Medo: Sem nenhuma dúvida, da violência.
Arrependimento: Não ter feito intercâmbio quando eu tive a oportunidade. Acho que isso enriquece a visão de qualquer pessoa.


 

10) Maria Fernanda, você realizou o sonho de muitas pessoas. Muitos querem lançar seu livro, ter seu título nas prateleiras, ser nome de peso na literatura nacional. Seu primeiro romance estreou, logo de cara, na Editora Novo Conceito, uma editora que vem crescendo muito no gosto de leitores de todas as idades. Qual o seu conselho para os futuros escritores do nosso Brasil?

Eu acho que o melhor conselho que eu posso dar é aquele que eu uso para mim: viva a vida! É importante deixar-se contaminar pelo mundo, passar por várias experiências (principalmente emocionais) para poder ter bagagem para boas histórias. Por isso, saia, se apaixone, quebre a cara, chore, se apaixone de novo, brigue para nunca mais, faça as pazes para sempre, descubra outros lugares, cuide dos amigos, aprenda com os inimigos, identifique seus erros, se perdoe, aceite os problemas, acredite na sua intuição, dê chance ao acaso, prove novos sentimentos, respeite seus limites, aceite que nem você nem ninguém é perfeito, supere tudo o que puder, tenha carinho pela sua família, enfrente seus medos, tome um porre, não tome dois, perca a cabeça, encontre mais um novo amigo, escute os outros, mas acima de tudo, ouça você.


11) O último espaço da entrevista sempre é reservado para o escritor colocar a boca no trombone, dizer o que quiser. Dito isso, Maria Fernanda... Dê um recado para os leitores de Inspirados! Fale do seu livro, o que ele aborda, o que você gostaria de questionar e o que mais te incomoda! O espaço é seu, faça dele o que quiser!

Em “A Filha da Minha Mãe e Eu”, eu abordo vários temas, mas acho que existem duas grandes reflexões que estão sempre presentes, independentemente do assunto que está sendo tratado, e que eu procuro trazer sempre para a minha vida.
Primeiro que cada um dá o que pode, o que sabe dar. Não adianta você querer mais de alguém que não pode oferecer mais. Isso só vai te deixar frustrado.
E, segundo, que para uma relação ser minimamente saudável, você tem que, em alguns momentos, abrir mão do seu filtro, para ver a coisa do ponto de vista do outro.  Em “A Filha da Minha Mãe e Eu”, apesar da trama central girar principalmente em torno da mãe e da filha, cada personagem tem sua história, sua bagagem. O pai que é muito amigo e, por isso, muitas vezes é considerado fraco. O irmão que se envolve com drogas, a tia que precisa superar o preconceito dos outros porque é lésbica, os avós que são presentes além da conta na estrutura familiar principal, o professor que é um psicopata, o eletricista que abusa de menores, enfim todas as personagens tem sua falhas, seus medos, suas bagagens de tristezas e alegrias. Ninguém é vítima. O que há é o desencontro da leitura que cada uma faz sobre os mesmos fatos. No caso das personagens principais, há sempre uma reação pela suposição que levam as duas, mãe e filha, a conclusões muitas vezes opostas e é por isso que elas acabam se magoando, mesmo sem ter a intenção.
Freud já dizia que os escritores nos fazem um grande favor ao criar personagens do mal que são carismáticos. Isso porque nós projetamos neles nossos aspectos menos nobres.
Não é o caso da mãe de Mariana, Helena. Apesar dela provocar muito sofrimento, a ponto da filha querer se matar, ela não sente culpa porque não faz nada por maldade. Pelo contrário, no que ela pode, ela é ótima. No que ela entende conceitualmente por “ser a melhor mãe do mundo”, ela se esforça de verdade para ser. Acho que existe uma grande identificação do leitor com ela porque ele compreende isso. Várias pessoas já me disseram que no começo do livro odeiam a Helena, mas ao longo da história compreendem o jeito que ela é e acabam sentindo compaixão por ela. E também porque percebem que a “falta de amor materno” dela,  é por incapacidade de reproduzir uma coisa que ela não teve por muito tempo.
Eu queria dizer também que agradeço muito às pessoas que leram “A Filha da Minha Mãe e Eu” e vieram me dizer, de uma maneira ou de outra, o quanto meu livro mexeu com a vida delas. Para mim, é uma honra enorme e eu realmente fiquei comovida com cada uma delas. Muitíssimo obrigada à todos os leitores. Eu e qualquer outro autor existimos e, principalmente, resistimos, graças à cada um de vocês!


Maria Fernanda, muito obrigado por nos ceder esse tempo e participar de nossa entrevista. Tenho certeza que sua obra irá falar com muitos outros leitores, assim como falou comigo. O blog Inspirados te deseja todo o sucesso!

Olá Pedro, primeiro, obrigada você por suas palavras.
Fico muito feliz que tenha gostado do meu livro e espero que goste também da entrevista. Tenha certeza que ela foi feita com todo meu carinho e respeito por cada leitor.

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Foi um imenso prazer ter a ilustre presença da querida Maria Fernanda Guerreiro. Sabemos que talento é o que não falta, e com respostas dedicadas e honestas, (além de poéticas!), fica claro que o futuro da autora reserva uma boa safra de livros pra gente. xD

Uma excelente leitura! Fiquem na Paz!
 
Base feita por Adália Sá | Editado por Luara Cardoso | Não retire os créditos