[Resenha] Ligeiramente Casados, de Mary Balogh


Aidan Bedwyn, no campo de batalha, fez uma promessa a seu amigo que via a vida desvanecer diante de seus olhos: ele iria atrás de sua irmã para ver se ela precisa de ajuda. E é assim que ele encontra Eve Morris, a irmã de seu amigo que faleceu em batalha. Morris havia lhe salvado a vida e Aidan garantira que daria a notícia de sua morte pessoalmente.

Eve é uma mulher independente que tem a sua propriedade e que não está disposta a aceitar a ajuda nem a proteção de ninguém. Ela é generosa e tem uma alma muito caridosa, tanto é que ela dá auxílio a um grupo bem grande de pessoas que são rejeitadas pela sociedade, às quais ela emprega - e também um cachorro que tinha sido torturado antes de chegar em suas mãos e dois orfãos que ela amava como se fossem seus. 



Só que uma situação cruel acontece, e ela se vê prestes a perder sua propriedade. E a única coisa que faria com que isso não acontecesse seria um casamento por conveniência. Com Aidan. E, sendo obrigados a conviver pela eternidade uma vez que se uniram em casamento, eles começam a descobrir mais sobre o outro, e os sentimentos também começam a surgir.

Ao contrário de alguns romances históricos que tenho lido - e que amo - esse não tem ataques apaixonados ou cenas sensuais. Enquanto nos outros livros eles primeiro descobrem a paixão para depois assumir o amor, em Ligeiramente Casados é o oposto que acontece: eles vão ter que assumir o que sentem para finalmente ter uma relação que possa crescer.

O ponto forte da história é a estrturação e a criação de personagens complexos. Aqui não vamos encontrar uma amosfera de mistério como pano de fundo nem algum triângulo amoroso que faça com que a história gire em torno disso. Mas seus personagens são o que fazem com que o leitor fique preso à leitura, por terem personagens fortes e, mesmo estando distantes da nossa realidade, por serem de outro século, ainda assim parecem muito reais.


Aidan é uma pessoa que aparenta ser frio, mal humorado e distante. Essa é a mascara que ele usa para se relacionar com o mundo. Ele é um coronel, e sua posição faz com que ele se veja em uma postura que ele acaba levando para a vida. Mas, conforme a história se desenvolve, descobrimos que ele é muito mais que a fachada fria que aparenta - o final do livro tem um momento bem marcante e lindo, em que ele mostra como ele é altruísta quando ama.

E Eve é uma pessoa naturalmente aberta ao amor, como disse antes. E a relação dos dois vai evoluindo de forma muito natural e muito realística, sem nenhum artifício para que o amor surgisse. E que amor, gente. Mas até eles chegarem a esse ponto, muita coisa rola por debaixo da fonte. Porque, até o amor surgir, é preciso construir uma relação de confiança e de lealdade. E é esse o ponto que faz com que essa história valha muito a pena. É um livro encantador, que vai agradar aos leitores que gostem de um história de amor. Mal posso esperar pelo próximo livro.

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Base feita por Adália Sá | Editado por Luara Cardoso | Não retire os créditos