[Resenha] A Escolha, de Kiera Cass


Para começar, não sei se você lembra, mas A Elite terminou com America determinada a conquistar a confiança de Maxon. Depois de tantos trancos e solavancos na relação deles, principalmente pela falta de confiança no princípe que fez com que ela escondesse muitas coisas dele, era de se esperar que Maxon não se sentisse completamente seguro de escolher America para ser sua esposa e rainha. Porque, por mais que ele a amasse, ele também tinha que pensar em seu reino e em seu povo. Assim, A Escolha começa com America tentando conquistar não só a confiança de Maxon, mas seu amor. E, nessa tentativa, ela aprende que ele a ama por ser quem é, e não por esperar que ela seja diferente. Mais um ponto para o princípe mais querido dos sete reinos.
- Sempre fazemos a mesma coisa - murmurei, cansada daquele jogo.  - Ficamos próximos, mas então acontece algo que nos afasta. E você nunca parece capaz de tomar uma decisão. Se você me quer tanto quanto diz, porque isso aqui ainda não acabou?
[...]
- Porque em metade do tempo eu tinha certeza de que você amava outra pessoa e, na outra, duvidava que você fosse me amar um dia - ele respondeu.

Além disso, existe toda a questão dos rebeldes sulistas, que cada vez mais estão tentando atingir o povo e a realeza na tentativa de tomar as rédeas do governo. Os ataques estão cada vez mais presentes, e o número de vítimas está cada vez maior. O Rei Clarkson está cada vez mais irritado com America e com o que ela simboliza, e tenta de todas as formas fazer com que Maxon perceba que ela não é a pessoa certa para ele, nem para o reino. E Maxon mais uma vez é obrigado a pensar em seu cargo enquanto pensa em sua amada. Principalmente porque ela não consegue declarar seu amor por ele, e ele não consegue fazer o mesmo. Se falta de confiança matasse, esses dois não estavam aqui pra fazer parte de A Escolha.
- Maxon, sinto muito. No começo, eu queria protegê-lo. Depois, proteger a mim mesma. E após o castigo da Marlee, fiquei com medo de contar a verdade. Não podia perder você - supliquei.
-Me perder? Me perder? - perguntou, espantado - Você voltará para casa com uma pequena fortuna, uma nova casta e um homem que ainda a deseja! Eu sou o perdedor do dia, America!

- [...] Você mudou, eu mudei. Você estava certa quando dizia que eu nunca tinha dado a chance a mais ninguém, e porque faria isso se não dosse por tudo o que aconteceu?

Nesse livro, America precisa entender melhor como é a vida de uma rainha. Ela é confrontada com a verdade de que a justiça nem sempre é limpa, e que governar um país nem sempre favorece à todos. Ela também descobre que nem tudo que ela acha que conhece é exatamente como ela imaginava. Muitas pessoas - próximas a ela - acabam se revelando coisas completamente novas. Ela começa a fazer alianças com pessoas que nunca imaginaria. E, aos poucos, ela finalmente entende o que é o amor, e decide investir nisso.  É  sensacional ver que America é obrigada a amadurecer e a ver o mundo com os olhos de alguém que não pensa só no que quer, mas no que é melhor para todos. Não dá pra esquecer que ela tem só 16 anos, né? Dezesseis anos e sendo obrigada a enfrentar a realidade que é governar um país e estar com a pessoa certa. E ela tem que decidir se está pronta para fazer uma escolha.

- Quantas vezes devo deixar que você parta meu coração desse jeito, America? Você acha sinceramente que posso casar com você, fazer de você minha princesa, sendo que você esteve mentido pra mim ao longo de quase toda a nossa relação? Me recuso a passar por essa tortura pelo resto da vida [...]

Eu queria, muito, falar sobre vários momentos específicos. Sobre momentos em que eu queria abraçar a Kiera, momentos em que eu queria esganar essa autora, momentos em que meu coração se quebrou e momentos em que eu não conseguia me segurar de tanta alegria. Se a gente olhar A Escolha da mesma maneira que olhamos os outros dois livros, podemos ficar muito, mas muito satisfeitas com o final. A parte política foi mais discutida, tivemos algumas reviravoltas impressionantes e alguns momentos lotados de sentimentos. Independente de pra quem você torcia para terminar com America. Porque, no fim das contas, A Escolha era uma coisa muito maior que escolher alguém para ficar: era descobrir quem America queria ser, e vê-la lutar por isso. E foi isso que aconteceu. Final lindo para uma trilogia incrível. Vai deixar saudades. <3
- Você disse que, para acertar as coisas, um de nós teria que dar o salto de fé. Acho que encontrei o abismo que devo saltar, e espero encontrar você à minha espera do outro lado.

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Base feita por Adália Sá | Editado por Luara Cardoso | Não retire os créditos