[Resenha] Minta que Me Ama, Maria Duffy




Jenny vive em Dublin, e sua vida é, de longe, algo do qual ela está orgulhosa. Ela tem um emprego que detesta - mas que paga as contas no fim do mês - e por isso permanece lá. Além disso, ela tem que lidar com uma mãe extremamente excêntrica. Basta dizer que sua mãe não aceita a idade que tem - e age de acordo com a idade que acredita ser a sua, se vestindo dessa forma também, e parecendo uma adolescente.

A vida de Jenny é feita de mesmice, e isso a incomoda. Ela não gosta do que está vivendo. Só tem um lugar onde sua vida pode ser exatamente o que ela quiser que seja. E esse lugar é o twitter.

Lá, ela pode inventar ter a vida mais incrível que puder imaginar. E lá ela acaba criando laços de amizade com três mulheres que, depois de um ato de impulsividade, ela convida para passar o natal com ela na Irlanda. O problema é que elas aceitam e, agora, Jenny precisa dar um jeito de fazer com que a sua vida real seja pelo menos remotamente parecida com a vida que ela construiu na rede social.

Para qualquer pessoa que já teve algum tipo de relacionamento virtual, esse é um livro incrível. Todos sabemos que, na internet, nem tudo o que parece é. Na verdade, o que colocamos online é a parte da nossa vida que julgamos ser digna de compartilhamento. Só que nem sempre as pessoas se preocupam em mostrar todos os lados de quem são - na verdade, quase nunca isso acontece.

E é com isso que Jenny se depara ao decorrer da história porque, se ela achava que ela quem estava inventando uma história, ela descobre que as outras três inventaram histórias ainda maiores, porque elas não são quem parecem ser.

O livro faz com que a gente pense bem nesse aspecto da nossa vida. Muitas vezes nos vemos aficionados - e até mesmo tristes - com as vidas que vemos nas redes sociais. É sempre sorrisos e alegrias e coisas boas. Só que esquecemos que todas aquelas pessoas também tem momentos ruins que elas simplesmente não compartilham por lá. Faz com que pensemos bem em quem estamos nos tornando. E deixa um grande questionamento: será que, nesse mundo internauta, as pessoas são pelo menos parte do que parece ser?

Parece um tema sério  - e é mesmo, em alguns aspectos, mas Maria conseguiu fazer com que a narrativa fosse muito divertida. A história se passa no natal, então a atmosfera é de encantamento e gratidão. É incrível ver o que Jenny e suas três amigas conseguem construir juntas - e desconstruir também. Não tem como não se apaixonar <3

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Base feita por Adália Sá | Editado por Luara Cardoso | Não retire os créditos